O Papa Francisco veio dizer que os prelados da Igreja Católica são servos de Deus com a missão de participar da caminhada da humanidade. A solidariedade deve iniciar pelo bom exemplo dos bispos, padres e religiosos, com desprendimento. Com sua postura anunciou que não há mais lugar para principados e suas alegorias invertebradas, herança de período de submissão ao poder estatal. Não há lugar para encastelados, nem religiosos nem leigos; é a vez de retomar a identidade missionária, com o desapego às coisas materiais. Em nenhum momento afastou a idéia de felicidade, em seus gestos generosos e na serenidade de seu semblante.
Os jovens
Justificou de maneira concreta o motivo que o faz acreditar na juventude, pelo momento de indignação. Percebe mais esperança no desejo forte da juventude, e sua peculiar utopia, do que a omissão que camufla a covardia e o comodismo com desmandos ou a corrupção. Ao deflagrar claramente seu pensamento sobre a geração inconformada, o Pontífice ganhou o crédito popular pela franqueza. Tocou a mão e abraçou principalmente os menos favorecidos. Superou os medos e preferiu desafiar regras de segurança do protocolo, para não perder o tato com os habitantes de uma casa chamada Brasil, onde pediu permissão para entrar e visitar.
Simpatia
A figura do Papa impressionou a todos. Logicamente, as mulheres jornalistas salientarem com melhor propriedade a boa impressão que causou. Algumas evidências consideradas ícones de autossuficiência, estão expondo inusitadamente seu catolicismo, animadas pela aparição e presença do Papa, que esbanjou resistência aos 76 anos. Estas observadoras chamam-no de fofo. Vamos combinar: deu show de cordialidade ao contatar com pessoas na comunidade e com autoridades. Falou sempre de coisas simples, mas essenciais para a convivência. Não falou de seu posto, o mais nobre da hierarquia religiosa, mas falou de pai, mão e irmão. Ajoelhou-se diante da imagem de Aparecida, e pediu que orassem por ele, antevendo que algumas mudanças serão necessárias e difíceis.
Joaquim
O presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, ao dizer que o Brasil não está preparado para ter um presidente negro, parece refletir o peso de sua própria história no Brasil e exterior, embora respeitado pelo seu saber. É assediado por partidos. Ou pode, no entanto, estar acendendo estopim para candidatura de um cidadão negro, já que ele não pretende assumir partido político. Na política, uma centelha tem muita chance de acender ardentias e fogueiras.
Socialistas
Em Passo Fundo, membros do PSB convivem tranquilamente com os entendimentos do partido com o prefeito Luciano. Ambas as partes têm motivos para serenidade. Socialistas têm bancada reforçada, e Luciano elegeu-se prefeito pelo PPS. Não havendo acordo, cada um retorna às suas bases.
Retoques:
• A advertência do Papa a fim de que se evite manobra dos jovens manifestantes parece já ressalvada. O jovem pede atuação dos partidos, apenas não quer ser usado e, depois, descartado dos programas de governo.
• No próximo dia 8, ON e a empresa Eliane de Souza Ltda., promovem jantar na Casa Rosada, com palestra do desembargador Genaro José Borges. O destacado acontecimento cultural insere-se na semana do Advogado, sempre celebrada na comarca de Passo Fundo.
• Em leituras sobre a história da Segunda Guerra, despertou-nos atenção o trabalho da jornalista brasileira Silvia Bittencourt. Ela resgatou informações sobre o jornal Münchener Post (1920), o primeiro e persistente opositor de Adolf Hitler, que atuava na liderança da organização nazista e suas atrocidades. Elevado a chaceler em 1923, Hitler mandou destruir o jornal e perseguir os jornalistas. Mesmo assim, Edmund Goldschagg ressurgiu em 1945 na fundação do Süddeutsche Zeitung que circula até hoje na Alemanha. O jornal de pequeno porte divulgou a série de opiniões mais corretas sobre o perigo do criminoso genocida Adolf Hitler.
• A Subseção da OAB de Passo Fundo, presidida pelo advogado Alexandre Gehlen terá a Comissão de Defesa das Prerrogativas profissionais.