Lar Emiliano Lopes: uma entidade de 50 anos

Em cinco décadas de existência, a entidade ainda encontra na captação de recursos o principal desafio para manter a importante atividade para a qual foi criada

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As 20 crianças e adolescentes abrigados pelo Lar Emiliano Lopes, encontram na entidade o que, muitas vezes, não encontraram ao longo da vida: casa, carinho, orientação, comida, convivência, um teto, e tantas outras coisas essenciais para se tornarem cidadãos. Há 50 anos, completados no último dia 31 de julho, o Lar presta esse serviço: abriga meninos e meninas que não têm uma casa, uma família.

Ao longo dessas cinco décadas, inúmeros foram os desafios. Mas o principal deles sempre foi garantir recurso suficiente para o bom funcionamento das unidades onde moram estas 20 pessoas. Sérgio Oliveira, coordenador do Lar Emiliano Lopes, conhece de perto essa história desde os tempos em que era morador da casa. “Acompanho o trabalho do Lar há mais ou menos 40 anos, pois fui menino do Lar. Acredito que o grande desafio mesmo e que nos acompanha no dia-a-dia é a questão financeira. O aporte financeiro é muito parco para as nossas necessidades. Temos que ter uma guerra de foice, popularmente dizendo, temos que matar um leão por dia e fugir de outros dois. A questão financeira é o que pesa muito”, afirma.

Apesar de viverem uma situação mais tranquila, por conta de alguns convênios firmados, manter toda a estrutura que o Lar necessita é uma luta diária. Conforme Adelino César Fernandes da Silveira, ex-presidente do Lar por oito anos, a adequação às exigências da lei é o que torna a busca por recursos mais necessária. “O desafio maior sempre foi o estrutural: cumprir com o que a lei pede. Para isso, necessita-se de recursos e essa sempre foi a grande luta não só da nossa entidade, como das demais entidades assistenciais. É o dinheiro, ninguém vive sem dinheiro, tudo tem custo. E a lei pede uma estrutura mínima para poder funcionar uma entidade assistencial como a nossa, que tem que ter um coordenador, um assistente social, um psicólogo, uma coordenadora pedagógica e isso não foi fácil ao longo dos anos instituir tudo isso, porque sempre precisamos de recurso e passamos anos lutando até que conseguimos ao longo do tempo iniciar os convênios com entidades municipais que dão a grande alavancada aos nossos projetos para manter a estrutura funcionando”, salienta.

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