Estou fazendo uma pós-graduação em gerenciamento em saúde e dia desses tivemos aula com o excelente Paulo Barcellos que, entre outros predicados, organizou o planejamento estratégico do Internacional de Porto Alegre até o ano de 2019. Está provado que deu certo, pois o Inter além de ganhar quase tudo é o clube que tem mais grana em caixa. Conta Paulo Barcellos que estabeleceu como referências o São Paulo, Boca Junior e Real Madri e de cada um obteve os modelos gerenciais que foram aceitos por Fernando Carvalho e, então, o Inter é o que é, distante do meu Grêmio que nem consegue ganhar do Coritiba, para desalento de uma torcida que sofre em demasia nos últimos dez-quinze anos.
Tínhamos um chefe (Professor Luxa) que queria mostrar como se faz, ou seja, mostrava a estrada e dizia que era possível trilhá-la. Temos um líder (Renato Gaúcho) que tende a despertar nos seus comandados a certeza de que é possível chegar ao objetivo. Essa é a principal diferença entre chefe e líder, um diz que é possível e outro faz acreditar que é possível. Mas, nada é mágico e não se chega a lugar algum se não houver talento e ao meu time falta talento.
A liderança é a capacidade de influenciar um grupo através da ambição, energia, conhecimento, autoconfiança e iniciativa. Reconhece-se um verdadeiro líder quando seus ex-subordinados também se tornaram líderes. O líder é capaz, em um grande grupo, cuidar de todos e de cada um individualmente. Erra, no entanto, se trata o grupo como homogêneo pelo simples fato de que cada um tem suas particularidades e talentos que têm de ser identificados e aproveitados. Dizem por aí que todos são líderes, mas que o verdadeiro líder é o primeiro que aproveita a oportunidade.
Há um livro antigo chamado Todo Mundo é Incompetente, Inclusive Você, cujo autor não recordo e que trata do mau aproveitamento das potencialidades. Cita, entre outras, a passagem de um general norte-americano que era muito disposto e valente. Era, o general, um homem do front, guerreava ao lado de seus comandados, comia a mesma ração de seus soldados, enfrentava os mesmos rigores da tropa. Gritava palavras fortes de comando e seus soldados morreriam por ele. Era o líder que não poderia morrer. Então, alguém entendeu que tal general não deveria permanecer no front e ele foi alocado para o planejamento estratégico, onde foi absolutamente incompetente porque dava soco nas mesas e brandava – vamu invadí – o que desnorteava os demais generais do grupo. Era ele competente no front e incompetente no planejamento.
Onde estão os nossos líderes, como seriam identificados ? A quantos deles dedicaríamos nossas vidas ?
Segundo Millor – tanto líder aí querendo guiar o povo e nenhum para alimentá-lo.
Segundo Millor – liderar não é nada duro, as perguntas são todas no presente, as respostas são todas no futuro.