Um protesto em Brasília na quarta-feira (14) pretende novamente chamar a atenção das autoridades para a não extinção das escolas especiais. A proposta de alteração no texto da Meta 4 do Plano Nacional de Educação já foi aprovado na Câmara dos Deputados e agora segue para o Senado. A alteração se refere à inclusão de todos os alunos que estudam em escolas especiais nas escolas regulares da rede pública, o que prevê a extinção das escolas das Apaes, por exemplo, e todas as escolas que atendem exclusivamente alunos especiais.
A ideia seria transformar as Apaes apenas em locais de atendimento, com o encaminhamento dos alunos para escolas normais. A possibilidade está sendo vista como ameaça pela Federação das Apaes do Brasil, especialmente porque prevê cortes nos repasses para estas escolas, o que, aliás, já vem sendo sentido pelas escolas que funcionam junto às Apaes no país.
Conforme a vice-presidente da Apae de Passo Fundo, Maria Celia Rossetto, a proposta foi feita pelo governo federal e pretende incluir todos os alunos até o ano de 2015, mas a Federação das Apaes é contrária. “As escolas especiais são uma necessidade da comunidade. Isso vem de uma perspectiva de uma inclusão total, de todos os sujeitos com necessidades especiais estarem na rede pública. No entanto, as instituições, as Apaes especialmente, sabem, tanto quanto as pessoas que trabalham com alunos especiais, que nem todos são possíveis de inclusão”, explica.
Dessa forma, a defesa da Federação, em nome de todas as entidades, é preservar, para as famílias e para a comunidade que todos tenham acesso à escolarização, inclusive os alunos com mais comprometimento. “Essa perspectiva de inclusão total talvez seja possível em outros países. Não nos parece que no Brasil já seja o momento”, salienta Maria Celia.
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