Formação étnica do Estado em sala de aula

Escola aprofunda estudo através de visitas e contação de histórias

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Os olhares presos na visitante que, com voz trêmula, recordava a infância evidenciavam a atenção despertada nos estudantes de 4º Ano da Escola Notre Dame Menino Jesus pelos relatos que reiteravam o conteúdo didático como uma história de vida. Foi com a idade da plateia atenta que Elisabeth Stapelbrock embarcou com a família, da Holanda com destino ao Brasil. Foi com a idade em que seu público estuda a imigração no Rio Grande do Sul que ela foi personagem dessa história.

Além do estudo dos aspectos históricos e culturais, dos hábitos e do contexto que motivou a imigração para o estado, as visitas de imigrantes e descendentes às aulas permitiu que o estudo ultrapassasse as páginas dos livros didáticos, os esclarecimentos das educadoras e as pesquisas online. Além de Elisabeth e o marido, ambos holandeses que imigraram para Não-Me-Toque na infância, Francisca Bueno e Danieli Paz, descendentes de imigrantes africanos, compartilharam informações culturais e pessoais com os estudantes. Enquanto os primeiros apresentavam aos estudantes objetos e trajes tradicionais do País Baixo, as demais reiteravam o valor da cultura negra para a constituição da identidade brasileira e gaúcha.

Além destes dois povos que migraram para o Rio Grande do Sul, os alemães, espanhóis, italianos, judeus, poloneses e sírios também tiveram seu processo migratório estudado nas disciplinas de história e geografia, de forma transdisciplinar, pelas turmas do segmento.

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