Além de silenciosa, Hepatite C pode causar cirrose

Equipe de Porto Alegre esteve no Hospital da Cidade ministrando atualização sobre tratamento da doença para grupo de médicos da instituição

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Na manhã desta segunda-feira (9), o Departamento de Gastroenterologia do Hospital da Cidade (HC) realizou uma importante atividade de atualização no tratamento da hepatite C. A instituição trouxe a Passo Fundo o médico Hugo Cheinquer, de Porto Alegre. Ele é considerado um dos maiores especialistas brasileiros dessa área. Cheinquer é mestre e doutor em Medicina e atua como docente e pesquisador da Fundação Universidade Federal de Ciências Médicas e na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Além dele, ministraram a capacitação os médicos Fernando Wolff e Alexandre de Araújo, também de Porto Alegre.

O programa de capacitação no Hospital da Cidade é coordenado pelos médicos Rosemar Stefenon e Raquel Scherer de Fraga e é uma atividade dirigida com exclusividade para o grupo de profissionais da instituição. Na ocasião, o grupo participante teve a oportunidade de conhecer as novidades sobre o tratamento da doença, que é silenciosa e pode levar ao desenvolvimento até mesmo de uma cirrose.

“A hepatite C, por ser uma doença silenciosa, proporciona que muita gente que tem a doença, não saiba que a tem. Por isso, o importante seria a pessoa fazer o teste, que é bem simples, feito com um anticorpo para o vírus C. Não adianta ficar procurando por fator de risco, melhor seria a pessoa fazer o teste e ver se tem hepatite C ou fazer um exame check-up e ver se tem transaminases elevada, o que é bem mais simples”, explica Cheinquer.
De acordo com o médico, o vírus C foi descoberto em 1989, mas existe há bem mais tempo. “Nós é que não conhecíamos e o vírus C é uma das poucas infecções virais da história da humanidade que tem cura”, revela. Conforme ele, a boa notícia é que a cura tem melhorado ao longo do tempo, os tratamentos têm vindo cada vez melhores. “Nos últimos dois anos surgiram medicamentos muito importantes, que são os inibidores de protease, que junto com o interferon e ribavirina conseguem taxas de cura de 75% a 80%, mesmo em pacientes que já tenham a doença avançada”, destaca.

Não existe vacina
Embora contra as hepatites A e B existam vacinas eficazes, contra a hepatite C não há vacina. Como é uma doença transmitida pelo sangue, é muito importante o cuidado com objetos cortantes e perfurantes. “A hepatite C é uma doença transmitida pelo sangue, muito raramente por relação sexual, e também objetos que podem perfurar a pele. Então é bom ter cuidado se a pessoa for fazer piercing ou tatuagem, que faça em locais com bastante higiene, porque qualquer coisa que perfura a pele tem a chance de trazer o vírus C”, alerta.

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