A unidade da Cesa de Passo Fundo não foi leiloada nesta terça-feira (10) conforme o governo estadual pretendia. Esta foi a terceira tentativa frustrada de vender o imóvel que está desativado há dois anos. O lance mínimo para adquirir o imóvel era de R$ 19,5 milhões, mas na véspera do leilão (9), o Sindicato dos Auxiliares de Administração de Armazéns Gerais do Estado (Sagers) garantiu na Justiça uma liminar suspendendo a sua venda. Entre as justificativas consideradas pela Juíza Themis Pereira de Abreu, da 19º Vara do Trabalho de Porto Alegre, a Companhia é ré em 103 processos trabalhistas, está cadastrada no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas e ainda possuí contra si mais de 477 reclamatórias em trâmite na Justiça do Trabalho.
Segundo o presidente da Sagers, Lourival Pereira, estes processos estão em fase de cobrança. “A Cesa está inadimplente com mais de uma centena de servidores em processos já julgados pela Justiça. Por não ter uma certidão negativa, não pode escriturar nenhum de seus bens. Se o imóvel fosse vendido, não seria escriturado”, afirmou.
No despacho também consta que os imóveis que seriam leiloados (Passo Fundo, Palmeira das Missões, Santa Bárbara do Sul e Nova Prata) não passaram por avaliação judicial e, por isso, estariam subavaliados em uma considerável quantia de R$ 28.741.145,30. Pereira ressalta que apenas o imóvel de Passo Fundo teria um valor de mercado superior a R$ 38 milhões, enquanto o lance mínimo apresentado no edital pelo Estado foi de R$ 19,5 milhões. “O governo queria vender a unidade apenas pelo terreno, desconsiderando o valor da planta”, finalizou.
A direção da Cesa informou apenas, através da assessoria de imprensa, que não houve interessados no leilão.
Liminar suspende leilão da Cesa
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