OPINIÃO

Coluna Celestino Meneghini

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Beato Zefirino
No domingo foi celebrado em Passo Fundo o bicentenário do nascimento do Padre Zefirino Agostini. A missa foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Altieri. As irmãs, que seguem a ordem religiosa que adotou Zefirino como patrono oferecem a Passo valiosa colaboração que testemunha a mais pura religiosidade cristã. Pudemos perceber em comovente narrativa de adolescentes de nossa cidade, auxiliados por estar religiosas. O padre Italiano, bondoso e persistente, inspirou o trabalho que é feito em nossa cidade para ajudar menores que engravidam, na sua quase totalidade sem qualquer projeto ou cuidado natal e suporte afetivo. Lá onda a assistência social não chega, as irmãs ajudam meninas adolescentes, amenizando um gravíssimo problema que atinge a população mais pobre da região.

Ações concretas
Mais próximo da misericórdia de Deus e menos citadas nos encontros espetaculares da igreja, estas religiosas abraçam a causa dos pobres, silenciosamente. E aí parece que se entende melhor a expressão dita por Mickiewikcs : “dieu parle dans Le calme plus haut que dans la tempête, ou por outra – Deus fala mais alto e claro no silêncio do que no barulho”. Essas freiras estudam e aprendem a humildade perante o próximo e perante Deus, seguindo Zefirino, que foi abnegado e se dedicou à juventude sofrida. A resposta à vinda do Papa ao Brasil precisa ser neste tom, não apenas com movimentos aparentes e efêmeros, mas atos concretos capazes de amparar e produzir esperança no povo humilde.

Condenados
O Supremo anda às voltas com o emaranhado julgamento dos processos criminais e recurso de embargos dos réus do mensalão. Muitos desses condenados se dizem injustiçados com a inusitada persistência da Suprema Corte. Chegam ao queixume de qualificar o processo de linchamento público. Pode ser que uma imprópria comparação com outros autores de delitos revele maior eficácia das punições neste episódio histórico. Por outro lado, é pela primeira vez que gente graúda enfrenta a dureza da lei penal, sem que o poder econômico seja empecilho à responsabilização judicial. E mais, as penas de multa talvez sejam mais significativas para estas personalidades que cometeram crime contra o patrimônio público. O baque duro que sempre aflige um cidadão que se julga inocente, agora é visto de forma incomum como sanção pedagógica a uma elite política.

Retoques:
* Os veículos especiais de segurança de fronteira que chegam ao Estado, dotados de escâner vão varrer as rodovias do Sul. Mais necessário do que proibir o contrabando, é urgente combater o crime. Que assim seja!
* Os remédios genéricos começam a subir de preço de modo assustador. A variação de alguns produtos é de até 1.332%. Alerta para fiscalização nos laboratórios e farmácias.
* Essa dos deputados locarem carros de empresa cuja sede é uma pizzaria... O que tem a ver pizza com o dinheiro do povo no Congresso Nacional?
* Queiram ou não, por força do mercado, o trigo está de volta nas lavouras do Rio Grande. Desta vez, para ficar.
* O estado gaúcho cresceu. Vários segmentos na economia tiveram bom desempenho, mas o que realmente é sabido e concreto relaciona-se à produção no campo. Principalmente agricultura familiar.
* Barack Obama, que teria precipitado compromisso de iniciar mais uma invasão, poderá ser salvo pelo acordo que recolhe armas químicas da Síria. Damasco prefere entregar o arsenal de extermínio ao governo de Moscou.
* Falando em Obama, ninguém duvida da espionagem dos americanos que sempre bisbilhotaram nosso país. A porca torce o rabo, porém, quando se fala em Petrobras. E lá vêm eles de olho no nosso petróleo. Quem mandou o Brasil habilitar-se na prospecção do pré-sal?
* Ouvi o prefeito Luciano proclamar uma boa notícia para a cidade: Serão 35 bibliotecas. Que beleza, dezenas de catedrais da cultura!

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