Mudança de rumo garante permanência no campo

Crise em olaria que sustentou família por mais de 30 anos quase motivou a ideia de vender a propriedade e morar na cidade mesmo contra a vontade

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A olaria que garantiu o sustento de uma família inteira por mais de 30 anos precisou ser fechada há cerca de dois, quando problemas com as licenças ambientais e a falta de matéria prima para garantir a produção começaram a aparecer. Com uma área pequena que inviabilizaria a produção de grãos a família de cinco pessoas se preparava para vender a propriedade, que fica na localidade de São Roque, e se mudar para a cidade mesmo não sendo essa a vontade. A luz no fim do túnel surgiu com a possibilidade de produzir hortaliças que, além de ocupar pouca área, tem retorno financeiro semanal. De lá pra cá, a qualidade tem garantido o sucesso de vendas do que é produzido pelo agricultor Daniel Rosso, 23 anos.

Com poucas possibilidades de investimentos e o apoio de um vizinho, Rosso começou a cultivar hortaliças. A família não tinha conhecimento sobre os manejos para o cultivo. Apenas a mãe cultivava uma pequena horta familiar e passou alguma experiência ao filho que se dedicou a aprender e produzir com qualidade, seguindo muitas das orientações do vizinho Mércio Michel. “Não sabia nem como plantar um pé de alface. A mãe que plantava para a casa e ensinou um pouco”, acrescenta. Em aproximadamente um ano e meio a produção de vários tipos de hortaliças aumentou e hoje a procura pelos produtos é tão grande que fica difícil atender toda a demanda. Com cautela, Rosso agora estuda como ampliar a área plantada que hoje ocupa cerca de 1.300 metros quadrados de uma área total de seis hectares.

Rendimento
Sobre o rendimento obtido com a venda das hortaliças, Rosso não esconde a satisfação. “A horta vale mais a pena do que a olaria. Toda a semana entra dinheiro, enquanto com a olaria demorávamos de um mês a um mês e meio para receber”, compara. Na olaria da família, mensalmente eram produzidos cerca de 16 mil tijolos. O rendimento líquido era de pouco mais de R$ 1 mil mensais. Atualmente, o rendimento com a venda das verduras é no mínimo quatro vezes superior. Na propriedade são produzidos alface de vários tipos, rúcula, temperos, beterraba, couve-flor, entre outras variedades conforme a estação.

A matéria completa você confere nas edições impressa e digital de O Nacional.  Assine Já

Gostou? Compartilhe