A área de milho cultivada no Estado deve ser a menor dos últimos 15 anos. As causas principais são duas: o baixo preço em relação à soja e o alto custo de implementação da cultura. No Estado, o total de redução deve ser de 3%. Na região atendida pela Emater Regional de Passo Fundo a redução deve ser um pouco maior, de 3,5%. Até o momento, cerca de 25% do total já foi plantado.
O engenheiro agrônomo da Emater Regional Cláudio Dóro explica que no Rio Grande do Sul são plantados, tradicionalmente, entre 1.150.000 e 1.700.000 hectares de milho, dependendo do ano. Neste ano, a área cultivada deve ser de apenas 1.004.728 hectares, que representa uma diminuição de 3% em relação ao ano passado que já teve uma área pequena. “Nos últimos 15 anos é a menor área de plantio de milho que temos aqui no Estado. Os motivos principais são o preço em comparação com a soja e o alto custo de implementação do trigo”, explica Dóro.
Fatores
Hoje o preço da soja no balcão está em R$ 68, enquanto o do milho está em R$ 23. “São necessários quase três sacos de milho para comprar um de soja. Sempre que a relação de preço milho/soja fica acima de dois pra um a tendência do agricultor é optar pela soja. E esse ano está bem superior”, reforça o agrônomo. Com relação ao custo de implementação da lavoura, o milho é quase 80% superior à soja. “Hoje, para cultivar um hectare de soja o custo médio é de R$ 1.050. Para a mesma área de milho o valor médio sobe para R$ 1.800. Esses são os fatores que mais pesaram no momento de tomada de decisão do agricultor”, ressalta.
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