Sindicância confirma fraude nas catracas na Codepas

Cópias do documento, com aproximadamente 533 páginas, distribuídas em seis volumes, serão entregues ao Ministério Público e Polícia Civil

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Após quase seis meses de investigações, a sindicância aberta para apurar supostas fraudes nas catracas dos ônibus da empresa Codepas comprovou a existência do esquema e apontou a provável participação direta de sete a nove funcionários. Cópias do documento, com aproximadamente 533 páginas, distribuídas em seis volumes, serão entregues ao Ministério Público e Polícia Civil para auxiliar nas investigações já em andamento. 

Baseada em laudos técnicos e depoimentos de testemunhas, a comissão de sindicância, formada por três integrantes, comprovou que os lacres das catracas de ônibus eram rompidos para alterar o número de passageiros. Sem o dispositivo de segurança, a roleta era girada no sentido contrário, reduzindo a numeração registrada no relógio e omitindo a quantidade real de passageiros. A suspeita é de que a fraude vinha sendo praticada desde 2009.

Antes de abrir a sindicância, em março deste ano, a direção da Codepas já havia solicitado uma vistoria por parte da empresa que fornece o equipamento. O laudo técnico confirmou irregularidade em cerca de 80% da frota. Desde que o esquema foi descoberto, e a fiscalização se intensificou, apenas dois lacres foram rompidos, ambos comprovadamente por acidentes.

Durante a investigação interna, mais de 30 pessoas foram ouvidas, mas não foi possível determinar o tamanho do rombo provocado pelo esquema aos cofres da empresa. Na conclusão dos trabalhos, entregue em 30 de agosto, os integrantes da comissão sugeriram ao presidente da Codepas que encaminhasse o documento ao MP e PC e somente instaurasse o processo administrativo para punir os supostos envolvidos após a conclusão do inquérito policial.

“Vamos adotar esta sugestão. Hoje (ontem) encaminhei os documentos para o Ministério Público e hoje encaminharei para a Polícia Civil. Estes dois órgãos vão nos auxiliar na coleta de mais elementos em relação à participação dos envolvidos. A partir disso, tomaremos as medidas cabíveis” disse o presidente da Codepas, Tadeu Karczeski. A punição administrativa pode ser desde uma advertência até a demissão dos funcionários.

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