OPINIÃO

Coluna Celestino Meneghini - 19/09/2013

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Nasce novo horizonte
Para quem preza tanto como a gente o destino desta terra, o mês de setembro de 2013 ganha significado eletrizante. O primeiro dia de aula da Medicina pela Universidade Federal da Fronteira Sul. O fato histórico desestabiliza céticos e abre caminhos para o conhecimento. Mas é a crença numa orientação ao atendimento voltado para a ampla camada social, um dos diferenciais de grande mérito.

Embora leigo no assunto preferimos acreditar que a medicina tem a grande missão de estender o lastro profissional qualificado em alto padrão para todas as pessoas, como se espera de uma escola superior federal. Nem é preciso falar de tantas outras vantagens de ordem cultural e econômicas que se somam ao presente e futuro de Passo Fundo e região. A UFFS traz recursos diretos e indiretos para a economia e estabelece marco exponencial de alta tecnologia científica para a saúde pública.

É hora de se admitir que democracia social subsiste também mediante aplicação de recursos. A administração Dipp e Cecconello, o deputado Beto e deputado Basegio, com tantas outras lideranças nacionais e locais foram fortes, ágeis e competentes para trazer este curso federal a nossa cidade. O professor Jaime Giolo teve atuação firme e decisiva em todo o processo de criação e instalação da UFFS – Passo Fundo.

Jornada Literária

A reportagem ampla editada pela revista Veja destaca o grande marco assente na educação deste país, graças à Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo. Com a publicação, é mais fácil perceber como é essencial a missão de difundir o livro e o acesso cultural capaz de inserir pessoas na vida moderna. O livro e seu contexto mais amplo é o pão do povo. A professora Tânia Rösing ao coordenar pensadores convictos da necessidade da jornada como medida urgente no processo de emancipação das comunidades brasileira provou ao mundo uma verdade que se difunde, graças a Deus, incontrolavelmente. Quem ajudou a Jornada pode estar certo de ter provocado um terremoto social cultural.

Indignação

Quando o ser humano se expressa fortemente com indignação, é preciso respeitar atitudes. No caso dos ataques bisbilhoteiros à soberania brasileira, embora não seja surpresa a atuação dos EUA, a atitude da presidente Dilma é correta. É certo que o Brasil precisa manter bom relacionamento comercial com os Estados Unidos. Nem o fato de haver espionagem em outros países, como França ou menores potências pode esconder a gravidade do problema. Por isso, o adiamento da visita de Dilma é atitude inatacável, até que se encaminhe melhor solução para a deslustrada manobra dos americanos.

O momento

Tem hora que a paciência esgota e a razão moral toma tenência. O Brasil precisa ter atitude, independente de ser nação emergente perante um império. Parece oportuno lembrar o poeta soviético Maiakóvski: “Na primeira noite eles se aproximam e roubam uma flor de nosso jardim. E não dizemos nada./ Na segunda noite, já não se escondem; Pisam as flores/ matam nosso cão, / e não dizemos nada./ Até que um dia/o mais frágil deles/ entra sozinho em nossa casa,/ rouba-nos a luz e,/conhecendo nosso medo,/ arranca-nos a voz da garganta,/ e já não podemos dizer nada.” A ninguém é permitido repousar a cabeça alheio ao terror.

Retoques

* O advogado e professor Júlio Pacheco acaba de chagar à trincheira do jornalismo para escrever sobre o direito do consumidor. Habituado ao conhecimento, seu talante de escriba e advogado será apreciado pelos leitores.
* Não nos enganemos com algumas novas regras na organização partidária ou eleitoral. A crise não se resolve por leis. O jovem brasileiro, por exemplo, está perdido. Não sabe o que fazer depois do protesto. Alguns pensadores avaliam que a grande reforma política é a atuação firme e permanente do jornalismo. A imprensa é o grande instigador deste debate.

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