Familiares de homem assassinado protestam contra impunidade

Há quase dois anos da morte de Derek Moreira dos Santos, que foi assassinado a tiros na rua Manoel Portela, em novembro de 2011, foi realizada a primeira audiência, segundo os familiares.

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Familiares e amigos de um jovem assassinado violentamente em 2011, se reuniram no início da tarde de quarta-feira (9), em frente ao Fórum de Passo Fundo e pediram por justiça. Há quase dois anos da morte de Derek Moreira dos Santos, que foi assassinado a tiros na rua Manoel Portela, em novembro de 2011, foi realizada a primeira audiência, segundo os familiares.

Os parentes e amigos aguardavam segurando cartazes e vestindo camisetas com a foto da vítima, enquanto os pais já esperavam a chegada dos dois acusados, na sala onde foi realizada a audiência. Quando o suposto autor dos disparos chegou, os manifestantes gritaram em uníssono por justiça. De acordo com a tia de Derek, Márcia Câmera, a espera por uma condenação é interminável quando se trata de alguém próximo. “Sabemos que isso demora, que existem outros casos para serem julgados, mas para nós, que perdemos um ente querido, dois anos é muito tempo para obtermos um resultado”, lamenta.

Na ocasião, o corpo do jovem foi localizado na Rua Manoel Portela, próximo aos trilhos da linha férrea, durante o fim da noite do dia 9. Uma testemunha contou que, por volta de 23h15, foi deixada em casa por Derek e que, em seguida, alguém foi lhe chamar para dizer que a vítima havia sido morta a tiros. A residência da testemunha fica a cerca de 200 metros do local onde o corpo foi encontrado.

O homem foi atingido por três disparos, um no braço, no rosto, e outro no pescoço. Na data, familiares informaram que a vítima era ex-usuária de crack, que teria abandonado o vício há cerca de três meses e que já haviam ido até a boca de fumo para buscá-lo nos tempos em que fazia uso da droga. “Independente do que ele fez na época em que assassinaram meu sobrinho, queremos que solucionem o caso, pois o sofrimento é nosso”, diz.

Confusão

No decorrer da audiência, conforme informações dos parentes da vítima, um dos acusados provocou o pai de Derek, que perdeu o controle e partiu para cima dele. Devido a confusão, os envolvidos foram conduzidos à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, onde foi registrado boletim de ocorrência. A audiência encerrou, porém a sentença da dupla – que já tem passagens na polícia por tráfico de drogas – não saiu.

 

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