Prestes a completar 12 anos de atividade em 2014, o Clube de Amigos e Protetores de Animais (Capa) elaborou um relatório de 14 páginas resumindo as ações desenvolvida pela entidade desde seu surgimento. O documento, segundo a presidente Zulma Marques, é uma resposta a um ofício encaminhado pela secretaria municipal do meio ambiente, questionando o fato de a entidade não recolher os animais, mesmo recebendo recursos da prefeitura.
Zulma afirmou que a entidade mantém convênio com o executivo desde 2003 para manutenção dos animais abrigados e não para o recolhimento. Atualmente, diz a presidente, a verba repassada pela prefeitura é de R$ 220 mil ao ano, insuficiente para manter os custos dos 320 animais albergados. “O custo mensal por animal é em torno de R$ 93. Pelo convênio conseguimos apenas R$ 52” explica.
Diferença que faz a entidade acumular uma dívida de mais de R$ 100 mil com a empresa fornecedora de ração. Apesar das campanhas realizadas ao longo do ano, os recursos não serão suficientes para quitar a dívida, ameaçando a renovação do contrato com o fornecedor do produto. “Entre 2008 a 2010 o Capa atendeu a demanda da Secretaria do Meio Ambiente, mas não temos estrutura para isto. Falta espaço e política pública. Dependemos da ajuda e doações de voluntários. Não temos nem clínica conveniada com o município. Ainda assim, em 2013, acolhemos 126 cães e 27 gatos, que são abandonados nas imediações da nossa sede, dentro de caixas de papelão. Com a reforma feita no canil em 2010 e o controle de limpeza, não perdemos mais animal por doenças” comenta. O relatório, entregue à Secretaria Municipal do Meio Ambiente, diz ainda que o número de cães soltos nas ruas de Passo Fundo está muito acima do que prevê a organização mundial da saúde, que seria de 10% da população.
