O número de trabalhadores do setor cultural caiu 12,6% entre 2007 e 2012, segundo a pesquisa Sistema de Informações e Indicadores Culturais, apresentada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A população ocupada na cultura era 4,2 milhões em 2007 e passou para 3,7 milhões em 2012, enquanto a população ocupada no Brasil passou de 89,9 milhões para 94,7 milhões no mesmo período (aumento de 5,3%). A participação da cultura na população ocupada caiu de 4,6% em 2007 para 3,9% em 2012. Os dados foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Ainda segundo o IBGE, o percentual de trabalhadores do setor cultural com nível superior completo em 2012 era 20,8% (759 mil trabalhadores), maior que os 14% da população ocupada com nível superior (12,3 milhões).
O número de trabalhadores com carteira assinada nas atividades relacionadas à cultura chegou a 39,8% dos ocupados em todas as atividades (1,5 milhão). Na população ocupada como um todo esse percentual era 39,3% do total (37,2 milhões). O estudo mostra que a maior participação de trabalhadores com carteira assinada no setor cultural influenciou a elevação do percentual de contribuintes para a Previdência de 46,3% em 2007 (1,9 milhão de pessoas) para 55,8% em 2012 (2 milhões de trabalhadores).
O rendimento médio real mensal dos ocupados em atividades culturais foi estimado em R$ 1.553 em 2012, valor superior ao rendimento da população ocupada no total das atividades produtivas (R$ 1.460). Os homens eram maioria entre as pessoas ocupadas no setor cultural em 2012 (53%).
O estudo também mostrou que, enquanto o número de trabalhadores de cor preta ou parda ultrapassou o de trabalhadores brancos na população ocupada total (51,9% contra 47,2% dos trabalhadores brancos em 2012), nas ocupações relacionadas à cultura, os trabalhadores brancos foram maioria em todo o período analisado (57,5% em 2012). O número de trabalhadores de 16 a 24 anos de idade ocupados no setor cultural também era proporcionalmente maior do que o dos trabalhadores nos demais setores da economia (21,7%), contra 16,9% do total de ocupados em todas as atividades produtivas.
Agência Brasil