Água translúcida, mata ciliar preservada, fauna e flora ao alcance dos olhos. Acreditem, existe muita vida no Rio Passo Fundo que precisa ser preservada. Esta foi uma das constatações da primeira etapa do Projeto Navegar Rio Passo Fundo, da nascente ao mar, realizada no sábado (19). Três grupos formados por estudantes, escoteiros, ecologistas e por outros integrantes de instituições ligadas ao projeto percorreram as diferentes nascentes do rio que dá origem ao nome do município. Amostras de água foram coletadas e várias anotações da situação atual do rio na zona rural servirão de base para outros projetos de educação ambiental e para buscar soluções para preservação. O projeto Navegar será desenvolvido em seis etapas, incluindo toda a extensão dos rios Passo Fundo e Uruguai até o Oceano Atlântico.
O projeto é uma promoção do Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (Gesp), Escola Estadual Cecy Leite Costa, Grupo de Escoteiros Guarani com o apoio da Corsan e 3º Batalhão Ambiental da Brigada Militar. A primeira etapa do projeto teve como base o Centro de Educação Ambiental, na fazenda da Brigada Militar, que abriga mais de 20 vertentes e nascentes formadoras do Rio Passo Fundo. Os participantes foram divididos em três grupos. Um grupo percorreu a nascente mãe do Rio, de Povinho Velho até a barragem da Fazenda da Brigada, outro grupo fez a trilha da barragem da Fazenda até o aeroporto e o terceiro fez o trajeto entre a Perimetral Leste até a Fazenda da Brigada Militar.
O início do Rio Passo Fundo que fica na zona rural nem se compara com o rio poluído que vemos todos os dias na área urbana. “Muitas pessoas conhecem o Rio Passo Fundo na área urbana, mas não conhecem como ele é formado, suas nascentes, sua vegetação, fauna e flora. Tem partes do rio que a qualidade de água é muita boa e translúcida. Estamos nos esforçando para que a sociedade descubra o rio e olhe com outra ótica”, destacou o diretor do Gesp, Paulo Fernando Cornélio.
O município de Passo Fundo é conhecido como berço das águas. No distrito de Povinho Velho estão as nascentes formadoras das bacias do Rio Passo Fundo, Alto Jacuí, Apuaê-Inhandava, Várzea e Taquari-Antas. Uma riqueza que precisa ser preservada. “Precisamos sentar com os agricultores e fazer com que eles sejam aliados. Muitas destas áreas estão bem preservadas com mata ciliar e vegetação, mas outros lugares precisam de vistorias mais rígidas para que as cabeceiras das nascentes formadoras do Rio Passo Fundo sejam preservadas”, salientou o diretor do Gesp.
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