Patrulha Maria da Penha terá 15 PMs em Passo Fundo

Equipada com uma viatura, o grupo entrará em ação após o registro da ocorrência nas delegacias

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Segundo colocado no Estado em registro de ocorrências de violência contra a mulher, atrás apenas de Erechim, o município de Passo Fundo vai ganhar mais um aliado no combate a este tipo de crime. Na próxima semana, deve ser anunciado oficialmente a Patrulha Maria da Penha, composta por 15 policiais militares capacitados para dar suporte às vítimas. Promovido pelo pela Secretaria da Segurança Pública do RS, o curso de 40 horas, para capacitação dos PMs, acontece no auditório do 1º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar. Participam 46 policiais das cidades de Passo Fundo, Carazinho Erechim, Cruz Alta e Palmeira das Missões. Hoje à tarde, a aula será ministrada pelo chefe do Departamento de Estatística Criminal da Secretaria de Segurança Pública do RS, Luis Fernando Linch. Ele vai abordar dados relacionados à Lei Maria da Penha no RS, além de questões como perfil da vítima e do agressor. 

Coordenadora local do curso, a tenente Otília Silvana Savian Juliani, afirma que a patrulha atuará exclusivamente no atendimento às mulheres vítimas de violência. Equipada com uma viatura, o grupo entrará em ação após o registro da ocorrência nas delegacias. “Durante visitas nas casas das vítimas, eles terão a missão de realizar um levantamento da situação, fornecer as orientações necessárias, garantir as medidas protetivas determinadas pela Justiça, e, até mesmo, realizar a mediação do conflito” explica.

Responsável pela aula de ontem à tarde, o tenente João Cleide Araújo, lotado no 1º Batalhão da Brigada, em Porto Alegre, e com atuação no território da paz Santa Tereza, define a instalação da patrulha na cidade como um avanço significativo no combate à violência contra a mulher. Para ele, a disponibilidade de um grupo capacitado oferece mais segurança no momento da denuncia. “As pessoas se sentem mais confiantes, mais protegidas. Sabem que o policial estará mais presente. Ao mesmo tempo, o agressor se retrai” afirma. A patrulha Maria da Penha ficará sob a responsabilidade do comando do 3º RPMon.

Para a titular da Delegacia da Mulher, delegada Claudia Rocha Crusius, uma das palestrantes durante o curso, a chegada da patrulha é mais um suporte para dar efetividade à lei. “Temos boas leis, mas muitas vezes falta estrutura para garantir sua aplicação. A instalação da patrulha é muito positiva neste sentido. Vai auxiliar muito no andamento do trabalho da Polícia Civil” afirma.

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