A OR Sementes lançou nesta semana uma nova cultivar de trigo a ORS Vintecinco. Ela foi apresentada aos produtores rurais durante uma tarde de campo realizada na Sementes e Cabanha Butiá no município de Coxilha. A cultivar ainda está em fase de multiplicação de sementes e deverá estar disponível aos agricultores na safra de 2015. O nome da nova cultivar é em comemoração aos 25 anos da empresa.
Conforme o engenheiro agrônomo da empresa Rodrigo Oliboni as características do ORS Vintecinco deverá agradar tanto aos agricultores quanto as indústrias que necessitam de trigo básico, conhecido como trigo biscoito. Entre as principais características da cultivar, a boa adaptação as regiões mais frias do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Ela apresenta ciclo precoce. Entre a semeadura e a colheita o desenvolvimento demora em média 125 dias. Entre as principais características agronômicas, as plantas apresentam porte médio com cerca de 90 cm de altura, moderada resistência ao acamamento e a resistência a germinação na espiga.
Oliboni acrescenta ainda que a cultivar é mais rústica em relação aos materiais já disponíveis no mercado, com resistência ao oídio, mosaico e ferrugem da folha. Apenas para as manchas foliares ela apresenta um comportamento moderadamente resistente. “Quanto à qualidade industrial ele é caracterizado como trigo básico, com a força de glúten de 150, e com boa relação T por L que é um parâmetro importante que fecha em média 0,4. Além disso, foram feitos testes para absorção de água, de carbonato de sódio, sacarose e ácido lático que são outros parâmetros que a indústria leva em consideração e todos esses parâmetros atendem as necessidades”, avalia Oliboni.
Produtividade
Quanto a produtividade, os ensaios realizados nas regiões produtores nos três estados da região Sul apresentaram melhor resultado em relação a testemunha. “Em rendimento ela vem para substituir o Quartzo. Em todos os locais em que foi avaliada, ela superou a testemunha que é o trigo mais cultivado”, acrescenta. No RS na Região 1 a produtividade passou de 6,3 mil quilos por ha. Na Região 2 ficou acima de 4,8 mil. Em SC na Região 1 a produtividade ficou acima de 4,6 mil quilos por ha e na Região 2 acima de 5,3 mil. No PR, na Região 1, foram colhidos em média 5 mil quilos por ha. “Tem tudo que o produtor procura: além de rendimento, sanidade, qualidade, precocidade, tolerância à germinação na espiga, sanidade foliar e farinha branqueadora que é o que a indústria procura”, conclui o pesquisador. A nova variedade ainda está em fase de multiplicação de sementes e estará disponível para o produtor a partir de 2015.
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