Patrulha Maria da Penha integra rede de assistência às vítimas

Pelo menos 15 policiais militares atuarão nesta modalidade de policiamento que deve ser implantada em Passo Fundo até o fim do ano

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O curso promovido pela Secretaria de Segurança Pública do Estado que capacitou 46 policiais militares para a atuação na Patrulha Maria da Penha que teve início na segunda-feira (21), encerrou-se na tarde de quinta-feira (24), na sede do 1º Batalhão Rodoviário da Brigada Militar. A ideia central da concepção da Patrulha Maria da Penha é realizar visitas às residências das vítimas de agressões domésticas e acompanhar as mulheres em um atendimento pós-delito, encaminhando a vítima, em caso de necessidade, aos locais designados para atendimento de mulheres em situação de violência.

Os policiais que participaram da capacitação atuam, além de Passo Fundo, em Carazinho, Cruz Alta, Palmeira das Missões, e Erechim, município gaúcho com a maior incidência de violência contra a mulher. Passo Fundo é o segundo município do Estado em número de ocorrências registradas.

Para Anita Kieling, assessora de gabinete da Secretaria de Segurança Pública do Estado, o curso é necessário para que os agentes possam, no momento do atendimento à ocorrência, desempenhá-lo da melhor maneira possível. “Esse curso de capacitação é necessário para que os policiais entendam todo o contexto da violência contra a mulher, entender porque uma mulher pode estar voltando para o agressor. A Patrulha Maria da Penha veio para cobrir uma lacuna que havia no cumprimento da Lei Maria da Penha, que é o monitoramento da medida protetiva”, afirmou.

Também de acordo com Anita, além da questão de segurança e integridade física a Patrulha Maria da Penha também pode auxiliar as mulheres a dar continuidade às suas vidas livrando-se do agressor. “A Patrulha entra em uma rede da qual fazem parte a Delegacia de Atendimento à Mulher, os centros de referência, o Ministério Público, Defensoria Pública e o Judiciário. O papel da segurança pública tem um início, meio e fim, mas para que a mulher possa livrar-se do agressor. Estes outros serviços, quando falamos em autonomia e empoderamento das mulheres, é neste sentido, que elas têm direitos e podem exercer estes direitos”, afirmou.

Segundo a delegada Cláudia Rocha Crusius, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, e que também atuou como instrutora do curso, com a capacitação dos policiais e a instalação em definitivo da Patrulha Maria da Penha haverá um implemento nos serviços prestados às mulheres vítimas de violência em Passo Fundo. “Acredito que a Patrulha Maria da Penha será muito boa no momento em que haverá o acompanhamento da vítima e o controle das medidas protetivas. Acredito também que haverá um aumento no registro de ocorrências de violência contra a mulher, uma vez que as mulheres terão mais um meio de orientação quanto aos seus direitos”, disse. Em Passo Fundo, a Patrulha Maria da Penha será formada por 15 policiais militares que realizaram o curso de capacitação.

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