Livro imortal
Ao longo do tempo percebe-se que a dedicação à leitura, e o maior apreço aos livros, incluindo-se a produção de textos em geral, tudo isso leva a uma sensação de imortalidade. Por isso, sem tangenciar o ridículo, é bastante apropriada a expressão “fulano de tal, imortal da Academia de Letras”. Quem escreve, trabalha, ousa, cria, contesta, ilustra, sonha, imagina, memoriza e ocupa a mente numa partilha inesgotável. Deste modo, não apenas quem escreve, com mais ou menos talento, com maior ou menor sucesso no momento, mas aquele que lê incorporando postura de diálogo e inexoravelmente cresce. E o milagre da leitura, nas mais diferentes formas, é apreender, alargar o olhar sobre a vida e beber esta imortalidade. Entendeu? Beber imortalidade!!! A leitura tem a capacidade de transmitir idéias numa sequência de codificações e decodificações, tanto que é reação permanente. “Scripta manent...” – “ as palavras escritas permanecem. Isto é, no livro, mas ganha vida na memória. Por isso se diz “verba volant...” – as palavras voam!
Dois deles
Por falta de sorte, e não é falta de tempo, nas visitas que fiz à Feira do Livro, não pude falar com duas figuras espetaculares da cultura passo-fundense: Ivaldino Tasca e o patrono da feira, Paulo Monteiro. O Tasca definiu bem a ideia de que as diversas formas de leitura capacitam o ser humano e lhe dão satisfação. São duas traças vorazes e de formidável serviço a uma comunidade que precisa muito desse pensar aberto e crítico, única forma de construir valores.
Alimento
Ainda bem que fica fácil compreender o que significa oportunidade cultural, que é alimento para alma, se considerarmos que o país parece ter despertado para a prioridade: comida para todos. Estes fatores são a essência da vida do homem, que precisa pensar e alimentar-se, numa realização que completa a outra. Comida e formação.
Jovens
A população jovem do Brasil, habitantes até trinta anos, atinge a impressionante cifra de 51 milhões. É uma força de trabalho que apresenta peculiaridade de formação profissional. Dois problemas graves relacionam-se à renda e à segurança. Nos últimos dez anos cresceu muito a violência vitimando adolescentes e jovens. Além da violência no trânsito, é muita gente nova envolvida em casos de morte, ou que sucumbem aos males do tóxico, e seqüelas, cada vez mais pesado.
Retoques:
* Boa notícia sobre a produtividade e crescimento da cultura da cevada, cultura muito exigente, mas importante para Passo Fundo e região, com a indústria Amveb, produtora mundial do malte. Neste ano a cevada significa 15% a mais que no ano passado.
* O casal de advogados Carlos Fonseca e Maria Pierdoná Fonseca prepara viagem aos Estados Unidos. Impressionado com a rigidez do protocolo de viagem, falei ao Fonseca que se prepare para ser espionado antes de partir. Os iaques estão ficando malucos com essa idéia de prevenir atentado terrorista.
* Autoridades municipais articulam a volta da operação Balada Segura, com ênfase na continuidade educativa para a segurança dói trânsito.
* Durante anos e anos estamos ouvindo as cantilenas na imprensa, a respeito do uso de celular na mão de presidiário. Incrível! A última constatação, mesmo com as interferências para tentar bloquear o uso criminoso, o sinal se apresenta perfeito nos redutos prisionais. Melhor que a linha dói delegado. Se continuar assim poderá ser aplicada aos condenados a pena de um contrato com as operadoras que andam por aí, e que funcionam muito mal, para as pessoas de bem.
* Olha! Suportar tantos defeitos e pagar tão caro para telefonar. Quem sabe, alguém resolva aproveitar esse potencial usado no crime em presídios, para melhorar nossa telefonia. Uma coisa é certa. Lá no presídio ninguém conseguiu bloquear a comunicação clandestina. Toda hora tem gente recebendo ameaça e chantagem por telefone, bem audível, vinda de dentro das cadeias, especialmente de estados mais distantes.