Usuários de táxis de Passo Fundo reclamam novamente que alguns motoristas continuam ignorando o taxímetro. Esta é a terceira denuncia feita pelo Jornal O Nacional neste ano, alertando para a situação que fere o direito do consumidor. Desta vez, a reportagem foi até o ponto de táxi da Rodoviária, um dos que possui maior número de reclamações e flagrou a prática. O trajeto foi gravado e o motorista mesmo sendo solicitado não ligou o equipamento justificando que o preço é “tabelado” no município.
Passo Fundo possui 124 permissionários que atuam em 38 pontos. No município, não há diferença de preço nas bandeiras I e II. Conforme o decreto municipal nº 78/2011, quando o taxímetro começa a rodar o preço é de R$ 3,48. A bandeira a cada quilômetro rodado é de R$ 3,59. A hora parada é de R$ 10,44 e a taxa fixada entre o aeroporto e o centro é de R$ 40,00.
Estes valores não estão sendo respeitados. De acordo com uma usuária de 34 anos, que prefere não se identificar, além de alguns profissionais não ligarem o taxímetro, eles cobram o preço que querem. “Meu taxista de confiança não pode me buscar e chamei outro. Fiz uma corrida da rua Fagundes dos Reis, na vila Annes, até o Hotel Itatiaia, na rua Capitão Eleutério, e ele me cobrou R$ 18,00, sendo que isso dá menos de 10 quadras. Este trajeto costuma custar com o taxímetro ligado entre R$ 8,00 e R$ 10,00. Quem fiscaliza isso? Acho um absurdo não ligar o taxímetro e cobrar o que der na cabeça dos taxistas”, reclamou.
Outra passageira, de 35 anos, disse que esta prática de não ligar o taxímetro é comum em Passo Fundo. “Isso já aconteceu várias vezes comigo. A última foi na segunda-feira desta semana, entre a Rodoviária e a Praça Tochetto. Quando questionei sobre o taxímetro, o motorista ficou bravo. Eles são grossos e ficamos com medo de denunciar, porque eles sabem onde a gente mora. Quem precisa deste tipo de transporte fica refém da situação”, denunciou a usuária.
Flagrante
A equipe de reportagem do Jornal O Nacional resolveu percorrer o trajeto, entre a Rodoviária e a Praça Tochetto, denunciado pela usuária de 35 anos, que foi entrevistada nesta matéria. O teste foi gravado com um celular. O taxímetro foi ignorado pelo taxista que afirmou que o preço era “tabelado”. Comprovando que o taxista cobrou o valor que quis, ele ainda concedeu um desconto de R$ 2,00. No recibo entregue a nossa reportagem, a placa do veículo não era a do táxi que realizou o trajeto e o espaço do CPF do taxista não foi preenchido. O número da placa do veículo que foi registrada pela equipe, o recibo e o vídeo serão entregues para a Secretaria de Transportes e Serviços Gerais, responsável pela fiscalização.
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