OPINIÃO

20 anos de DOOM

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Foi em 1993, em uma época quando 2,8 MB levavam uma madrugada inteira para serem baixados, que ganhou vida uma das obras mais importantes dos games. Eu ainda lembro quando era bem guri, lembro-me da ansiedade para jogar DOOM. Criado por Jonh Carmack e Jonh Romero e lançado no dia 10 de novembro de 1993, não é absurdo nenhum dizer que é um dos cinco momentos mais importantes da história dos jogos eletrônicos.

Muita gente associa a origem do tiro em primeira pessoa com Doom, mas o gênero nasceu um ano antes, com Wolfenstein 3D. Convenhamos que atirar a dar com pau em um Hitler robotizado era muito divertido, bem melhor que o resto. Claro que a patrulha do politicamente correto fez sua parte e sangue e a violência gráfica fizeram considerável barulho na época. A evolução da perspectiva em primeira pessoa iria mudar drasticamente a indústria.

Se Wolfenstein era considerado violento, Doom não brincou com esse fator. A trama é simples, trata-se de um soldado abandonado em um planeta alienígena com toneladas de monstros. Com gráficos revolucionários até então, muito sangue e vísceras saiam a cada tiro nos inimigos, que vinham aos milhares. As armas também eram estrelas: revólver, escopeta, lança-misseis, metralhadora e uma das mais divertidas, a motosserra. Aliás, quem é gamer sabe que IDDQD e IDKFA significam bem mais do que letras.

Não somente os gráficos, mas os detalhes de jogabilidade eram muito bacanas. À medida que você perdia vida no jogo, a carinha do personagem que fica no display de armas e itens ia sangrando, acompanhando a perda. Além disso, você caminhava e a câmera balançava, simulando os passos, aumentando a imersão, Pense bem, em pleno 2013 e ainda tem produtora com dificuldade para recriar isso e Doom já tinha isso há 20 anos.

O mais interessante é que Doom segue como um bom entretenimento - e um grande desafio na dificuldade mais difícil. O último jogo da série, DOOM 3, saiu em 2007 e foca mais no terror. Mesmo sendo ótimo, não alcançou o nível de empolgação do primeiro. A obra de Carmack e Romero ficará eternizada, a verdadeira prova de quem é rei nunca perde a majestade.

 

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