Verão com chuvas dentro da normalidade

Ausência de fenômenos como o El Niño e La Niña pelo menos até o próximo inverno devem fazer com que volumes de chuvas até o mês de março variem entre 150 e 200mm mensais

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Os volumes mensais de chuva durante a safra de verão devem ficar dentro das médias históricas. A ausência de fenômenos como o El Niño e o La Niña, que representam as maiores variações entre os volumes de chuva, faz com que pelo menos até o próximo inverno haja uma neutralidade climática. Conforme o agrometeorologista da Embrapa Trigo Gilberto Cunha institutos de meteorologia internacionais e brasileiros apontam para esta situação e não há indicativos de secas ou estiagens.

As variabilidades extremas entre períodos de excesso de chuva e de estiagens prolongadas são determinados principalmente pelo aquecimento ou resfriamento, respectivamente, das águas do Oceano Pacífico. No entanto, pelos próximos meses, as temperaturas de superfície devem permanecer dentro do normal. De acordo com Cunha isso foi confirmado em vários boletins, inclusive no mais recente divulgado pelo Centro de Previsões Climáticas dos Estados Unidos. Segundo o documento, essas condições devem se manter pelo menos até o inverno de 2014. “Diante disso, todas as projeções de clima para a safra de verão são de condições normais, dentro dos valores normais, também chamados de valores médios históricos ou padrão climatológico normal”, pontua.

Segundo o agrometeorologista, nessas condições, o volume mensal de chuvas deve variar entre 150mm e 200mm, pelo menos até março. A quantidade é considerada razoável para a obtenção de bons rendimentos. No entanto é necessário que elas ocorram com boa distribuição e regularidade. Além dos dois fenômenos já citados, a ocorrência de chuvas é determinada por outros fatores. Um deles é a entrada de frentes frias que têm um ciclo médio que varia entre cinco e sete dias. Devido a isso, podem acontecer alguns períodos curtos de estiagem entre 10 e 15 dias que podem ser suportados pelas culturas.

No verão, devido a processos localizados ocorre a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical, as chamadas cumulo nimbus que formam as chuvas de verão que são localizadas. “Não há nenhuma projeção de seca no horizonte e nem de estiagem. As pessoas às vezes fazem analogia a eventos do passado quando tivemos as piores estiagens em 2004 e 2005 quando foram anos neutros. Isso não é uma verdade. Não existe relação entre ocorrência de seca e anos neutros”, esclarece.

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