Os cerca de 520 mil hectares de soja cultivados na região têm apresentado um bom padrão de desenvolvimento no início de safra. O momento exige atenção e monitoramento para controlar eficientemente pragas e plantas invasoras. O clima quente e seco favorece o desenvolvimento de insetos, por isso é preciso acompanhar a evolução para aplicar o defensivo no momento adequado. A Helicoverpa Armigera é uma das pragas que têm causado preocupação. Orientação é para que agricultores procurem assistência técnica quando tiverem dúvidas de manejo ou identificarem insetos diferentes, antes de aplicarem inseticidas de controle total.
O aumento da área em relação ao ano passado é de apenas entre 2% e 3%. Conforme o engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo Cláudio Dóro a germinação foi muito boa o que garantiu um bom padrão de lavoura e de plantas. Isso se deve também à qualidade das sementes utilizadas e ao clima que colaborou no momento de implantação da cultura. “Uma lavoura com bom arranque inicial representa 50% de sucesso do empreendimento”, avalia.
Neste momento os produtores fazem a limpeza da lavoura com a aplicação de herbicidas para controlar plantas invasoras. “Eles estão monitorando as lavouras muito preocupados com as lagartas e cascudinhos. Dentre as lagartas de destaca a Helicoverpa Armigera que se alimenta de diversas espécies vegetais, tem alto grau de proliferação e é muito voraz. É uma lagarta nova e os inseticidas do mercado precisam doses maiores para controlar”, esclarece.
Para o engenheiro agrônomo o produtor deve buscar o máximo de informações antes de aplicar algum agroquímico. Os agricultores precisam percorrer a plantação e ver quais os tipos de inseto presente e também a quantidade para saber se justifica a aplicação de defensivos. “Se o agricultor encontrar uma lagarta deve trazer uma amostra de plantas e lagartas para fazer a identificação. Recomendamos que não precisa criar pânico”, alerta.
Segundo Dóro não se deve aplicar um inseticida de controle total logo que aparecerem insetos. Quando o produtor adota esse procedimento, além das pragas ele elimina os inimigos naturais. O importante é contar com assistência técnica de um agrônomo ou técnico agrícola para fazer os manejos adequados e evitar custos desnecessários. “Orientamos que o produtor tenha o acompanhamento e primeiro identifique a praga a população e se realmente necessita fazer o controle ou não. As vezes é tão pequena a incidência que não justifica um amassamento de soja e gastar com produto”, reitera. A aplicação de defensivos deve levar em conta a necessidade e eficiência técnica e econômica.
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