O observador meteorológico da Embrapa Trigo/Inmet Ivegndonei Sampaio explica que nesta sexta-feira já há indicativo de chuva. No entanto devem ocorrer pancadas esparsas e mal distribuídas. As condições devem permanecer durante toda a semana. Principalmente entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro devem ocorrer chuvas mais bem distribuídas e com maiores volumes. Além da falta de chuva outros fatores contribuem para a situação preocupante.
A umidade relativa do ar chega a ficar próxima dos 20% em determinados períodos do dia. Associada às altas temperaturas ela aumenta a demanda evaporativa seja pela evapotranspiração do solo ou da evaporação da água pelo ar. “O solo perde muita água e cada dia fica mais seco”, acrescenta Sampaio. A última chuva registrada pela Estação Meteorológica aconteceu no dia 10 de dezembro quando choveu 33mm. No mês o acumulado é de apenas 58mm até o momento. Esse volume representa apenas 33% da média histórica que é de 172,3mm.
As altas temperaturas e a baixa umidade relativa do ar também fazem com que não haja formação de orvalho ou névoa úmida durante a madrugada. As temperaturas máximas nas últimas semanas têm ficado sempre acima dos 30ºC. No Centro da cidade a sensação térmica pode chegar aos 41ºC devido ao acúmulo de monóxido de carbono e os prédios que refletem a luz do sol formando ilhas de calor. “As altas temperaturas na época de Natal são comuns. Em 1988, por exemplo, no dia 25 de dezembro foram registrados 39,6ºC. Neste ano a máxima foi de 35,5ºC, a mais alta do ano até o momento”, salienta.
Previsão
Na sexta-feira, sábado e domingo o tempo fica nublado a encoberto com pancadas de chuva em áreas isoladas, trovoadas, e devido a algumas nuvens carregadas, tem possibilidade de queda de granizo em pontos isolados. Sampaio ainda alerta para os índices de radiação solar principalmente entre 10h e 17h. Segundo ele, em uma escala de um a catorze os índices têm ficado entre 10 e 12 e exige cuidado das pessoas ao se exporem ao sol.