Formado por dez comunidades e localizado na região oeste da cidade, o bairro Integração foi criado oficialmente em 1998 e, através da coordenação de conselheiros, realizou o planejamento estratégico de 15 anos nas áreas de saúde, educação, lazer e infraestrutura. Apesar de todo o planejamento, uma das principais necessidades do bairro ainda não havia sido atendida.
Com mais de 2.000 alunos, o bairro conta com quatro escolas de ensino fundamental e três de ensino infantil e nenhuma de ensino médio. Depois de um processo que iniciou ainda em 1998, quando foram protocolados pedidos no Estado e depois em 2003, 2006 e renovado em 2011, quando um grupo de lideranças comunitárias, alunos e professores entregaram o pedido diretamente ao Governador Tarso Genro, o Conselho Estadual de Educação, finalmente manifestou-se favorável à criação de uma escola de ensino médio no bairro.
O processo foi inicialmente aberto na 7ª Coordenadoria de Educação em Passo Fundo, passou pela Secretaria Estadual de Educação e foi para análise do Conselho Estadual de Educação, que no dia 4 de dezembro deu seu parecer. A partir de agora, segundo a presidente do conselho, Maria da Graça Fiorelle, será necessário o decreto do governador Tarso Genro, além da tramitação do processo de credenciamento e autorização da escola que de forma prática é o que viabiliza a abertura de matrículas e o funcionamento.
Para a coordenadora da 7ª CRE, Marlene Silva Silvestrin, a notícia foi recebida com entusiasmo, tanto pela coordenadoria, quanto pela comunidade. “Estamos na expectativa de que as etapas sejam vencidas com a maior brevidade possível, a fim de atender aquele que é um desejo da coordenadoria, da comunidade escolar e também é um respeito ao direito fundamental dos alunos do bairro Integração”, comenta. Ainda não há prazo para o ensino médio entrar em funcionamento, mas Marlene garante que todos estão empenhados em fazer isso da forma mais breve possível. “O primeiro passo já foi dado. A comunidade já está de parabéns”, destaca a coordenadora.
Silvana Rosa, diretora da Escola Municipal Dyogenes Martins Pinto, local onde o ensino médio funcionará inicialmente, destaca que é a realização de um sonho, além da ação das lideranças comunitárias para que este pedido fosse atendido. “Hoje temos mais de 300 inscrições entre jovens e adultos que pretendem cursar o ensino médio no próprio bairro”, diz Silvana.
O conselho comunitário, paralelo a este processo, também está tratando a desapropriação de uma área de 10 m² para as futuras instalações da escola estadual de ensino médio.