A dona de casa, Camila Santos, 25 anos, acompanhada de duas crianças, sendo uma de dois anos, carregou sozinha o carrinho de bebê até o segundo andar para conseguir chegar até a sede da Defensoria Pública em Passo Fundo, na tarde de ontem (15). O espaço localizado em um prédio do Estado, na Avenida Presidente Vargas, não possui elevador ou outra alternativa de acessibilidade. Além disso, é uma edificação antiga, possui infiltrações, rachaduras e algumas salas alagam em dias de chuva forte. Dificuldades para a população que depende do serviço de orientação e defesa judicial gratuita e para os servidores que atuam neste espaço precário.
A Defensoria Pública atende todas as pessoas que estejam em condição de vulnerabilidade e que comprovem renda familiar mensal, igual ou inferior a três salários mínimos nacionais, considerando-se os ganhos totais brutos da sua entidade familiar. Uma das principais dificuldades do atual prédio em que funciona a Defensoria Pública em Passo Fundo é a questão da acessibilidade. Para acessar a sala da Defensoria, localizada no segundo andar, é necessário enfrentar dezenas de degraus. Cadeirantes, por exemplo, não conseguem subir e recebem o atendimento no primeiro andar. “A acessibilidade é nosso principal problema, porque o prédio não possui elevadores e dificulta o acesso de pessoas com deficiências, cadeirantes, pessoa com carrinho de bebê, idosos. Escadas sempre dificultam o acesso e não temos outra alternativa”, enfatizou a dirigente substituta da Defensoria, Vivian Rigo.
Na tarde de ontem, nossa equipe acompanhou a experiência da dona de casa, Camila Santos, que teve que carregar o carrinho de bebê até o segundo andar, enquanto um dos filhos carregava o irmão de dois anos no colo. “Tá difícil. Tive que carregar o carrinho até lá. A acessibilidade está péssima. Preciso da Defensoria e vou ter que voltar outras vezes”, declarou a dona de casa que mora no bairro Vera Cruz.
De acordo com a defensora que está substituindo a dirigente da Defensoria existe um projeto a nível estadual para buscar em todo o Estado sedes próprias. “Por muitos anos, a Defensoria ficou em espaços cedidos, dentro dos foros e isto gerou dificuldades de investimentos nestes espaços que não são próprios”, disse Vivian.
Além da dificuldade com a acessibilidade, o espaço possui outros problemas. “Há infiltrações, quando chove muito algumas salas alagam e há algumas rachaduras. O prédio é antigo e a situação do imóvel é precária. Está em estudo a mudança de local, seja para um espaço locado ou de outro aspecto, mas ainda não há um novo local definido”, informou Vivian.
Na tarde de quarta-feira, o defensor público geral do Estado, Milton Arnecke Maria, que tinha um compromisso no interior do Estado, em Santo Augusto, também esteve em Passo Fundo para uma audiência com o prefeito de Passo Fundo. A nova sede foi um dos assuntos da pauta.
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