A empresária Luiza Trajano, dona do Magazine Luiza, cumpriu a promessa e encaminhou um e-mail ao jornalista Diogo Mainardi, do programa Manhattan Connection, da Globo News, com dados que comprovam a queda da inadimplência no varejo brasileiro em 2013. Os dados do Instituto do Desenvolvimento do Varejo (IDV), apresentados pela empresária, no e-mail, mostram que o nível de inadimplência das pessoas físicas fechou o mês de novembro do ano passado em 4,5%, com queda de 1,2 ponto porcentual em relação ao mesmo mês de 2012, quando o índice era de 5,7%.
Os dados da pesquisa comprovam a afirmação da empresária de que a economia está melhorando no varejo. O jornalista perguntou à empresária quando ela vai vender o Magazine Luiza para a Amazon, ao criticar o desempenho do varejo nacional e os preços altos. A empresária foi contestada no programa por dizer que a imprensa tende a mostrar 'apenas a metade vazia do copo', sem falar da parte que vai bem na economia. Outra pesquisa, divulgada nesta terça-feira, 21, pela Serasa Experian, mostra que a inadimplência do consumidor fechou 2013 com queda de 2%, o primeiro recuo em 14 anos.
Em linha com a Dona da Rede de Lojas Magazine Luiza, o Presidente do Bradesco, quarto maior banco do país em ativos, Luiz Carlos Trabuco Cappi prevê que as instituições privadas devem voltar a ganhar fôlego nas operações de crédito a partir deste ano. "Seguramente em 2014, 2015 os bancos privados vão ganhar fatias de mercado", em entrevista ao Jornal Valor. Pouco antes da recepção de boas-vindas aos participantes do Fórum Econômico Mundial de Davos, o presidente do Bradesco, Luis Carlos Trabuco, elogiou a presidente Dilma Rousseff e desmentiu o pessimismo do setor financeiro com o governo.
Em entrevista ao Valor, ele disse que a presença da presidente Dilma Rousseff nesta semana em Davos é positiva, para passar confiança e perspectivas ao investidor estrangeiro. "Temos de ser mais amigáveis com o investidor estrangeiro porque, se fizermos o capital nacional e estrangeiro funcionar no Brasil, daremos um salto de qualidade". Trabuco disse também que o setor financeiro está "confortável" com a presidente: "Dilma tem um plano de governo, tem um direcional, é a favor do Brasil e nós [bancos] somos a favor do Brasil".
O presidente do Bradesco também fez uma projeção mais otimista para 2014. Ele observou que a inadimplência no Brasil está no menor nível dos últimos cinco anos - 3,9% na carteira total de empréstimos à pessoa física - e que a qualidade do crédito melhorou. “Quando cresce a poupança do pequeno depositante, e a inadimplência cai, significa uma boa direção”, disse. Estimou ainda que os juros estão "chegando num nível adequado" e disse que vê estabilidade do dólar por volta de R$ 2,35 a R$ 2,40. Para ele, "a sintonia entre as políticas monetária e fiscal vai ser o grande diapasão para 2014".
Também o Economista Delfim Netto, a possibilidade de que uma "tempestade perfeita" desabe sobre a economia brasileira parece ser cada vez menor. Ao contrário, ele projeta um 2014 positivo, com crescimento entre 3% e 3,5%, puxado pelas concessões na área de infraestrutura. Sobre a "tempestade perfeita", Delfim elogia as decisões tomadas por Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, na área monetária, e também pelo governo e pelo Congresso na questão fiscal. "A outra perna da tempestade perfeita era a perspectiva de um desequilíbrio fiscal importante, que estava apoiado em uma coleção de projetos represados no Congresso, alguns dos quais de consequências muito dramáticas. A tradição da política fiscal não é das boas, essa ideia de usar truques, imaginação, alquimias. Mas agora parece que foi definitivamente encerrada", diz ele.
Se a Presidenta Dilma, conseguir reconquistar a confiança do mercado no Fórum Econômico Mundial de Davos na Suíça, terá ela garantido a estabilidade econômica e reafirmado seu favoritismo nas eleições de 2014, para sacramentar seu favoritismo, bastaria dizer que o Ministro Mantega não continuará a frente do Ministério em 2015.