Sindisaúde diz que adesão à greve atinge 50%

Direção do hospital busca na Justiça a ilegalidade do movimento que iniciou ontem

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Profissionais se reúnem em frente ao HSVP e buscam aumento salarial e melhores condições de trabalhoProfissionais se reúnem em frente ao HSVP e buscam aumento salarial e melhores condições de trabalho
Profissionais se reúnem em frente ao HSVP e buscam aumento salarial e melhores condições de trabalho
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Desde a manhã desta segunda-feira, 27, os técnicos de enfermagem do Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) paralisaram as atividades. A principal reivindicação da categoria é o reajuste salarial e melhores condições de trabalho com a contratação de mais profissionais. Estima-se que a adesão à greve chegue aos 50%. Diante da greve, HSVP suspendeu internações e procedimentos eletivos durante o tempo que durar a paralisação. Os casos de urgência e emergência são atendidos e consultas são realizadas conforme a disponibilidade dos profissionais. Ao todo, são 958 técnicos de enfermagem e 128 auxiliares. Sindicato e hospital não divulgaram o número oficial de profissionais em greve, já que o HSVP funciona em rodízio de turnos e que parte dos técnicos está em férias ou de atestado. O Sindisaúde avalia que cerca de 400 técnicos aderiram à paralisação. A direção do HSVP declarou que o hospital está operando com 30% da capacidade total. 

A pauta de reivindicações apresentada pelos técnicos de enfermagem à direção do hospital pede aumento salarial de 25%, 36 horas semanais, insalubridade de 40% sobre o salário base, melhores condições de trabalho com a contratação de mais profissionais, plano de saúde e vale alimentação. Segundo Terezinha Perissinotto, presidente do sindicato profissional, a greve permanece até que haja uma proposta que se assemelhe aos pedidos da categoria. “Há um descontentamento por parte de todos em relação a proposta do hospital. O HSVP está dando 19,65% de aumento pros técnicos que estão chegando agora e para os que estão trabalhando a mais tempo no hospital o aumento é de 8,35%. O pessoal não aceita isso. Queremos que, no mínimo, o aumento chegue no mesmo índice para todos. E vamos manter a mobilização por enquanto”, comenta.

Depois do anúncio da greve por parte da categoria, ainda na sexta-feira, 24, a direção do HSVP entrou com uma ação na Justiça buscando a declaração de abusividade e ilegalidade da paralisação. Até o fechamento da matéria, o sindicato não havia recebido nenhuma notificação do processo, mas declarou que a movimentação pela contestação já está acontecendo. “Ainda não tivemos acesso à ação deles. Continuaremos na greve. Não temos muitas opções a não ser aguardar. Continuaremos pressionando”, declara Terezinha.

Buscando o apoio da população, os profissionais estão realizando caminhadas do Hospital até o Banco do Brasil. Além disso, ontem pela tarde o sindicato se reuniu com as lideranças de cada setor para definir a organização do dia de hoje. A direção do HSVP aguarda a resolução da ação judicial para uma manifestação oficial.

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