A paralisação parcial dos trabalhadores dos Correios que teve início na manhã desta quarta-feira (29) deve continuar por tempo indeterminado no Estado. A decisão foi tomada em assembleia geral na tarde de sexta-feira (31), em Porto Alegre. Na quarta-feira, cerca de 60 carteiros pararam as atividades em Passo Fundo durante todo o dia protestando contra a terceirização do plano de saúde, o Correio Saúde, que será transformado em Postal Saúde. Os trabalhadores também reclamaram da mudança de turno de entrega de correspondência, que atualmente ocorre durante a tarde.
A maioria dos trabalhadores retornou ao trabalho na sexta-feira. Em todo o Brasil, as agências funcionaram normalmente, com 95,35% do efetivo total da empresa trabalhando. No Rio Grande do Sul, apenas 15% dos 8,6 mil empregados aderiu a paralisação. Já em Passo Fundo, segundo o diretor do Sindicato dos Funcionários dos Correios-Subsede de Passo Fundo Gelson Luiz Zapello, apenas 15 funcionários permaneceram paralisados, sendo que alguns deles viajaram para a capital para participar da assembleia.
Correios
Em nota, os Correios reafirmaram que não haverá nenhuma alteração no atual plano de saúde dos trabalhadores, o Correio Saúde. "Nenhuma mensalidade será cobrada, os dependentes regularmente cadastrados serão mantidos e o plano de saúde não será privatizado. Todas as condições vigentes do Correio Saúde serão mantidas, os percentuais de co-participantes não serão alterados e os trabalhadores dos Correios não terão custos adicionais", esclarece a nota.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa dos Correios, o Postal Saúde não é um plano de saúde e sim uma caixa de assistência patrocinada e mantida pelos Correios, assim, desde o início de janeiro, o plano Correio Saúde, que atende os empregados da ECT e seus dependentes, passou a ser operado pela Postal Saúde, com política e diretrizes definidas pela ECT. As regras do plano não foram alteradas - o pagamento dos trabalhadores dos Correios referente a janeiro já foi realizado, no dia 25, e não houve cobranças de qualquer tipo de taxa ou mensalidade. A empresa ainda garante que está cumprindo o que foi definido pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) no ano passado a respeito do assunto e que todas as regras do plano de saúde definidas na Cláusula 11 de Acordo Coletivo de Trabalho estão mantidas.