Passo Fundo terá um centro para animais silvestres

Centro de Triagem de Animais Silvestres deverá ser instalado na Fazenda da Brigada Militar e atenderá os 151 municípios de abrangência da Base Avançada do Ibama de Passo Fundo

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A Base Avançada do Ibama de Passo Fundo divulgou na sexta-feira (21), que será implantado um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) no município. O Cetas deverá ser construído em uma área localizada na Fazenda da Brigada Militar, nas margens da BR 285. A iniciativa contribui para a gestão ambiental de 151 municípios de abrangência da Base Avançada que possuem a competência de manejar a fauna local. A estimativa é o Cetas esteja operando até o final de 2014 e o investimento dependerá do nível do centro que varia entre R$ 200 mil a R$ 1 milhão.

A instalação do centro foi definida em uma reunião realizada com o Ministério Público Estadual para tratar da gestão ambiental municipal dos municípios que fazem parte da jurisdição da Base Avançado do Ibama de Passo Fundo. Entre as definições foi a construção do Cetas que receberá animais silvestres da região provenientes de resgate e apreensão, tratará os animais e posteriormente liberará para a destinação que pode ser soltura na natureza ou para criadouros autorizados dependendo da situação do animal. No Rio Grande do Sul, há outros três Cetas instalados em Porto Alegre, Pelotas e Santa Maria.

De acordo com o chefe do Ibama em Passo Fundo, Flabeano de Castro, a Brigada Militar já teria disponibilizado a área. Atualmente, o Batalhão Ambiental da Brigada Militar é quem realiza o maior número de apreensões. A verba ainda não está definida. As tratativas estão sendo dirigidas pelo Núcleo de Fauna de Porto Alegre com Ministério Público e Brigada Militar. “Existe a possibilidade de vir de conversão de multa do Ministério Público Federal e Estadual. A área já existe, o projeto elaborado pelo Ibama já existe e a gerência será do Ibama”, informou Castro.

A estrutura de um Cetas consiste em uma área cercada com dois prédios. Um dos prédios servirá para a quarentena para que outros animais não se contaminem e o outro prédio funciona a estrutura de um hospital veterinário com recintos para acolher os animais até eles serem liberados para a destinação. Haverá a necessidade de biólogos e funcionários. A intenção é fazer um convênio com a Universidade de Passo Fundo para atender a demanda profissional.

O Cetas poderá atender até 20 animais diariamente, mas segundo Castro, a demanda na região é de um a dois casos diários. A iniciativa também contribui com a gestão ambiental dos municípios que são responsáveis pelo manejo da fauna local. Atualmente, os animais silvestres são encaminhados para o Hospital Veterinário da Upf, que tem uma parceria com o Ibama. “O Cetas é necessário devido ao volume de animais resgatados e apreendidos na região. 90% de todas as denúncias de meio ambiente são ligadas a fauna e os outros 10% ligados a flora ou poluição. A maior demanda, portanto, é a fauna. O Cetas facilitará a gestão ambiental dos municípios, porque na realidade cada um deles deveria ter seu setor de fauna”, explicou o chefe do Ibama.

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