Estamos precisando expandir a nossa consciência, em uma legítima busca por espiritualidade, que significa conhecermos mais sobre nós mesmos. Buscar a espiritualidade é elevar a consciência para níveis que nos tragam o entendimento definitivo de que nada se cria, tudo se transforma. Não como uma lei que aprendemos na escola, mas compreendendo isso com consistência, sentindo com todas as células do nosso ser. Precisamos compreender, de uma vez por todas, que toda ação tem uma reação com sentido oposto e com mesma intensidade. Que não existe um Deus que castiga e pune, mas que nossos atos podem se voltar contra nós mesmos. Precisamos compreender que a lei da atração sintoniza os acontecimentos aos pensamentos de mesmo padrão.
Não podemos negar. Basta olharmos para a história da humanidade para vermos que, mesmo ainda engatinhando nesse crescimento, a humanidade está evoluindo. E isso deve ser olhado sob uma perspectiva otimista, para percebermos que, mesmo com tantas insanidades humanas, ainda assim estamos evoluindo, desenvolvendo-nos naturalmente.
É importante falar nesse assunto para enfatizar que buscar a espiritualidade no século XXI se dá em uma condição muito diferenciada do que foi no século XV, por exemplo. O melhor é que ninguém é condenado e morre na fogueira por falar de espiritualidade.
Esse universo de possibilidades, aliado à necessidade emergente de curar o planeta, bem como à tecnologia de informação acessível, torna tudo mais fácil e especial. Por isso, buscar a espiritualidade no século XXI é uma tarefa com prioridade máxima, no entanto muito mais simples agora do que já foi nos séculos anteriores. A grande dádiva divina para esse momento é que podemos, de maneira inédita, unir ciência, tecnologia e espiritualidade para, por meio dessa comunhão bem-sucedida, criarmos possibilidades de resolver os problemas do mundo.
Esse momento histórico pode ser considerado um presente de Deus para a humanidade.
Só tem ódio, raiva, ciúme, inveja, medo, insegurança, mágoa quem não compreende esses mecanismos universais (a maioria da população mundial). Quem busca e encontra a espiritualidade dentro de si pode até sentir essas emoções negativas periodicamente, até mesmo em função do inconsciente coletivo em que vivemos. Mas com essa nova forma de ver o mundo, será possível não nutrirmos mais essas inferioridades, e a cura desses aspectos vai se tornar algo real.
Vivemos ligados no piloto automático por muitos anos, concentrados apenas nos interesses do ego, que honestamente são ínfimos baseados nas verdadeiras necessidades essenciais que o espírito tem. Por um motivo qualquer, de uma hora para outra, buscamos essa espiritualidade e podemos encontrar. Quando isso vem a acontecer, a impressão transmitida é como se uma bomba de luz explodisse conceitos e visões antigas da sua vida. Então você se dá conta do quanto adormeceu e perdeu tempo, do quanto já sofreu e de que essa nova consciência poderia ter sido um poderoso instrumento para resolver as adversidades do passado, com muito mais leveza e eficiência.
É importante não se iludir e redobrar a atenção para que não se caia no fascínio. A pessoa fascinada pode se tornar chata, inconveniente, fanática, já que força a natureza evolutiva das pessoas, quase que as obrigando a se espiritualizarem. Por isso eu pergunto: Você acabou de descobrir um novo universo, elevou a sua consciência, mas de que adiantou se não conseguiu aceitar que seu próximo ainda não tenha se descoberto? Você, agindo assim, considera-se realmente espiritualizado?
Ser espiritualizado é conhecer mais sobre nós mesmos e saber respeitar os momentos de cada um.