O descumprimento do número mínimo de componentes exigido pelo regulamento do carnaval tem sido o principal adversário da Escola de Samba Pandeiro de Prata desde a sua fundação em 1999. Nas duas vezes em que esteve no grupo principal, a escola não se manteve justamente pela falta de integrantes. Preocupada em não repetir o mesmo erro no desfile da próxima segunda-feira, a direção foi buscar a solução fora de Passo Fundo.
Como a Pandeiro vai homenagear a cidade de Soledade, através do enredo “Soledade terra de riqueza natural, a escola de samba Pandeiro de Prata faz esta homenagem por levar o nome do Rio Grande do Sul para o mundo”, parte dos integrantes será trazido de lá. O reforço maior acontece em três setores. A bateria vai receber pelo menos 40 integrantes da banda marcial da cidade. Os ensaios acontecem em Passo Fundo e Soledade.
A comissão de frente será formada pelo grupo tradicionalista Vaqueanos da Cultura. O grupo vai encenar na avenida o momento em que foi definido o local para o início da cidade de Soledade. Também haverá moradores da cidade vizinha distribuídos pelas alas.
O enredo é de autoria do carnavalesco Paulo Almeida, 48 anos, responsável também pela confecção das fantasias das 11 alas da escola. “A ideia partiu de um monumento existente em Soledade, com duas mãos representando as etnias. Lá é o lugar das pedras preciosas, do brilho, carnaval é brilho. Fiz esta associação e montei o desfile” comenta.