Problemas financeiros comprometeram a produção da Agroleite e a cooperativa está sem receita desde dezembro do ano passado. Para evitar a paralisação total, em março de 2013, uma parceria foi firmada com uma queijaria, administrada por terceiros, que acabou resultando em problemas ainda maiores para a cooperativa. A cooperativa interrompeu a produção depois do rompimento da parceria.
Desde o início do ano, a direção da cooperativa trabalha em um plano de reestruturação para reorganizar as finanças e retornar com a produção. Segundo o presidente da Agroleite, Luiz Lorenzatto, a intenção é priorizar a qualidade dos produtos e diversificar a produção na medida em que as condições financeiras se estabilizem. No retorno das atividades a intenção é voltar a trabalhar com a produção de queijo do tipo colonial e com a pasteurização do leite.
Para isso, a cooperativa passa desde o início do ano por uma reforma e aguarda a inspeção da vigilância sanitária para retornar com as atividades.
A cooperativa também pleiteia um financiamento com o BNDES e com o Governo do Estado, a fundo perdido, no valor de quase R$ 200 mil que deverá contribuir com a reorganização financeira e com a adequação da estruturação física. A intenção é que os trabalhos iniciem devagar, a prioridade será a qualidade dos produtos e não a quantidade. A produção será comercializada em um primeiro momento na Feira do Produtor e nos mercados locais, mas a intenção é expandir a produção para comercializá-la para a merenda escolar. Para isso, a cooperativa também se uniu a outras do mesmo porte, que formam a Central de Cooperativas, grupos que estão se articulando para organizar a produção e destiná-la para a merenda escolar. Luiz Lorenzatto explica que a merenda escolar é um dos principais nichos de mercado para pequenas cooperativas que trabalham com produtos oriundos da agricultura familiar.
A matéria completa na edição impressa de O Nacional.