Colheita intensificada

Na região, 8% de todo o total cultivado foi retirado da lavoura e cerealistas recebem grande quantidade de grãos

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Empresa cerealista recebeu apenas em uma unidade na tarde de domingo 13,4 mil sacas de soja. Mesma unidade deve receber mais de 20 sacas/dia nesta semanaEmpresa cerealista recebeu apenas em uma unidade na tarde de domingo 13,4 mil sacas de soja. Mesma unidade deve receber mais de 20 sacas/dia nesta semana
Empresa cerealista recebeu apenas em uma unidade na tarde de domingo 13,4 mil sacas de soja. Mesma unidade deve receber mais de 20 sacas/dia nesta semana
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Após uma semana de tempo úmido os produtores de soja puderam retomar a colheita da soja ainda no domingo. Com a intensificação do trabalho os cerealistas tem um aumento significativo no volume recebido. O problema se dá quando o grão está com a umidade elevada o que dificulta a armazenagem. Conforme dados da Emater Regional de Passo Fundo, cerca de 20% da área cultivada está pronta para ser colhida e até o momento apenas 8% dos grãos foram retirados do campo.

Mesmo com o pequeno atraso na colheita, a chuva e a umidade da última semana não chegam a comprometer a qualidade da soja. O engenheiro agrônomo da Emater Regional de Passo Fundo Cláudio Dóro explica que se não tivesse chovido, cerca de 15% a 20% dos 545 mil hectares de soja poderiam estar colhidos. Ele destaca que com o retorno do sol e das condições para a execução da colheita os agricultores vão intensificar o trabalho a partir desta semana e deve avançar rapidamente. A estimativa é de que entre 20 e 25 dias toda a soja esteja colhida na região.

Dóro avalia que a chuva e a umidade não interferiram na qualidade dos grãos que estão no campo. “O produtor fica preocupado com o produto na lavoura, mas agora já estão reiniciando a colheita”, complementa. Segundo ele, mesmo com o pequeno atraso e o avanço do volume de grãos prontos para a colheita não deve causar problema. A justificativa está nos equipamentos disponíveis que permitem aos agricultores avançarem com a colheita. Para ele, o problema se dá quando há um acúmulo muito grande de produto colhido que precisa ser entregue para armazenagem. “As cooperativas e os cerealistas têm de estar preparados para receber uma grande quantidade de grãos num período muito curto”, alerta.

Grão úmido
Conforme o cerealista Emeri Tonial o principal problema para os cerealistas nesse período diz respeito à secagem do grão quando ele está com muita umidade. Segundo ele, os cerealistas não tem capacidade de secagem suficiente quando a demanda é muito grande. Ele relata que apenas no domingo a partir do meio dia em uma única unidade foram recebidos 13.450 sacas de soja. Nesta semana a expectativa é receber diariamente mais de 20 mil sacas do grão apenas em uma das unidades da empresa. “Não tem secador que seque tudo isso”, reforça.

Segundo ele, ainda no domingo a unidade de recebimento de grão começou a receber soja com a umidade ideal para ser colocada direto no silo o que agiliza o trabalho e envolve menos custos. Além disso, boa parte do que é recebido é embarcado imediatamente.

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