A aproximação da Semana Santa e a tradição de comer peixe nesta data já estão aquecendo o comércio do setor. Além das peixarias, produtores de Passo Fundo e região investem na produção que deve chegar ao consumidor entre os dias 14 e 17 de abril. A expectativa é que este ano a comercialização supere em 40% as vendas do ano passado. Na peixaria Big Peixe, por exemplo, 90% do que deve ser vendido para a Semana Santa já está comprado pela loja, que estima a maior venda nos filés. De acordo com o proprietário da peixaria, Joel de Mattos, alguns consumidores já fizeram encomendas de peixes inteiros e temperados. Entretanto, a principal dica de Mattos é não deixar a compra do peixe para última hora. No ano passado, quem deixou para comprar no último dia enfrentou filas que duraram, em média, duas a três horas.
“Hoje já estamos com 90% do estoque comprado. Alguma coisa ainda não chegou, mas está tudo comprado”, garante Mattos. Mas para garantir o produto na mesa na Sexta-feira Santa é bom se antecipar. A loja tem horário estendido de atendimento: das 8h30 às 12h, e das 13h30 às19h30 de segunda a sábado, e até o meio-dia aos domingos. “Acredito que boa parte dos consumidores já tenham se dado conta para não deixar para o último dia, então esperamos que adiantem as compras”, comenta. Já quem optar por comprar na tradicional Feira do Peixe ou na Feira do Produtor, conseguirá o produto mais próximo aos dias que antecedem a Sexta-feira Santa. Normalmente, os produtores que participam da Feira do Produtor que é realizada na Gare, costumam colocar o peixe à venda na segunda-feira e na quarta-feira que antecedem à data.
Diretamente do produtor
Tendo em vista que a comercialização do peixe agrega renda à propriedade rural, diversos produtores de Passo Fundo e da região investem na produção, que tem assessoria da Emater. “O peixe que trabalhamos é basicamente carpa e tilápia”, comenta o assistente técnico regional de sistemas de produção animal Vilmar Wruch Leitzke. De acordo com ele, uma das principais orientações é quanto ao manejo. “Quando falamos em carpa, são peixes que são criados em açudes e que o consumidor associa ao gosto de lodo e essa não é uma verdade absoluta. Para isso, a indicação é no manejo dos peixes. Isso passaria pela retirada do peixe do açude para deixá-lo em um tanque de água limpa onde se processa a depuração, que é quando o peixe elimina um pouco dessa característica de cheiro e sabor de lodo”, comenta.