Uma vigília durante toda a noite na praça do Teixeirinha, reunindo cerca de 30 pessoas, entre estudantes e representantes de diversas entidades sociais, abriu a programação para lembrar dos 50 anos do golpe militar, ocorrido em 1º de abril de 1964 no Brasil.
A programação seguiu pela manhã, com um ato público no mesmo local. Além de faixas e cartazes, os manifestantes espalharam pelos canteiros fotografias de pessoas, torturadas ou mortas pelo regime. “É uma forma de lembrar os horrores cometido pelos militares. Não lembrar destas vítimas significa que a luta deles foi em vão” disse a estudante Ana Paula Stumpf, 19 anos. Acadêmico do curso de filosofia, Junior Centenaro, 20 anos, disse que durante a vigília foi feita uma memorização de cinco fatos históricos que marcaram o período em Passo Fundo. “Fizemos uma contextualização do golpe, o papel dos estudantes no início da UPF, a questão da reforma agrária, a partir da Encruzilhada Natalino, e a revolta dos motoqueiros” diz o jovem.
O grupo se concentrou em frente ao antigo prédio onde funcionava uma base da Brigada Militar, na avenida Brasil, e lembrou dos jovens Clodoaldo dos Santos, Adolfo Austino e Joceli Joaquim Macedo, mortos no episódio que ficou conhecido como a Revolta dos Motoqueiros, no final da década de 70. Ao lado, foi inaugurado o mural da memória.
Na sequência, fecharam o cruzamento das avenidas Brasil e Sete de Setembro por alguns minutos, onde fizeram algumas manifestações. Em seguida, partiram para a frente do prédio onde funcionou a sede do Dops, e também do antigo Cassino da Maroca, na rua XV de Novembro.
A programação seguiu à noite com o Cineforum: Ditadura nunca mais: resistência sempre, com a exibição do filme “Ainda hoje existem perseguidos políticos” (Acesso/Catarse 2013), seguido de debate com o professor de filosofia André da Costa (IFIBE) e Leandro Scalabrin (CDHPF). O evento aconteceria no Auditório Enrique Dussel (IFIBE/ITEPA) Sta. Terezinha). A programação referente à data segue hoje, com a sessão solene na Câmara de vereadores, marcada para às 20horas, em homenagem a João Carlos Bona Garcia.