Uma boa data para o chocolate

Há menos de duas semanas da Páscoa, comércio eleva as expectativas e o consumidor aproveita a diversidade de produtos

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O colorido do papel laminado que embala os ovos de Páscoa é um atrativo. No primeiro sinal de as prateleiras se encherem de chocolate de os ovos ganharem espaço no alto das lojas e supermercados, os corredores ficam pequenos para tanta gente. No último sábado (5), caminhar pelo centro da cidade, entrar em uma loja e verificar o preço do produto tornou-se uma tarefa difícil. Para os lojistas, a expectativa é de uma Páscoa com vendas acima da média. Para o consumidor, o desafio é escolher, frente a diversidade, a melhor opção.

Gabriele do Prado tem 10 anos e, na manhã de sábado, acompanhou a mãe na escolha dos ovos de Páscoa. Ainda que a diversidade de brinquedos, sabores e cores encante quem passa pelos doces corredores, a menina sabia o que queria. Sem hesitar, o personagem favorito ganha o olhar da criança e a atenção da mãe. Ainda que a Páscoa seja, tradicionalmente, uma data onde as crianças são o foco, 2014 prova que as lojas cada vez mais apostam na diversidade de produtos, visando atingir públicos diferentes. Ao lado dos brinquedos, ovos com surpresas que se tornam utilidades ou ovos com motivação adulta. Para a data que se aproxima, ao que tudo indica, o gosto do cliente é o que direciona o comércio.

Uma boa data

No último ano, a Páscoa aconteceu no mês de março e as altas temperaturas, o pagamento de impostos, a compra do material escolar e as matrículas prejudicaram as vendas. Em 2014, a data favoreceu o comércio. Marialda Antunes, proprietária da Doce Mania, uma das principais lojas de doces da cidade, destaca que a expectativa, justamente em função da data, é alta. “O mês de abril é muito bom para o lojista. O movimento já está bom, porque o pessoal aproveita o salário, mas é na última semana que o movimento é realmente muito alto. A questão não é que o brasileiro deixa para a última hora, é que ele precisa deixar para a última hora. Mas, esse ano, o que me surpreendeu é a antecipação das pessoas”, comenta.

Com cerca de 20 funcionários, a loja aposta na variedade de produtos e preços. “A gente nunca sabe qual produto vai emplacar e, por isso, é preciso investir para o lado que tem mais saída. E, hoje, o cliente não deixa o ovo que a criança quer para a última hora porque ele sabe que corre o risco de ficar sem”, explica a lojista. Quanto ao preço, reclamação constante do consumidor, já que o produto registrou uma alta acima da inflação acumulada até março deste ano, Marialda concorda que é alto. “O preço do ovo é alto, realmente. Mas quem não quer ganhar um ovo de Páscoa? É um produto que você só enxerga uma vez por ano e o investimento acaba valendo a pena”, opina. Para ela, ainda é cedo para dizer que as vendas serão mais altas que o ano anterior, mas, ao que tudo indica, a loja não ficará vazia. 

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