Vítimas do golpe anunciam associação

Operação Carmelina: O anúncio de criação da Associação das Vítimas de Maurício Dal Agnol (AVMD), foi feito na manhã desta segunda-feira

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Entidade será criada nos próximos 15 dias, com elaboração de estatuto e definição de presidenteEntidade será criada nos próximos 15 dias, com elaboração de estatuto e definição de presidente
Entidade será criada nos próximos 15 dias, com elaboração de estatuto e definição de presidente
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As milhares de vítimas lesadas no golpe das ações de telefonia terão uma entidade própria para tratar do assunto. O anúncio de criação da Associação das Vítimas de Maurício Dal Agnol (AVMD), foi feito na manhã desta segunda-feira, em entrevista coletiva, na sede da Acisa, com a participação de um grupo de advogados e vítimas do golpe milionário. 

Entre outros objetivos, a intenção da Associação, que deve ser formalizada nos próximos 15 dias, com eleição de um presidente e elaboração de estatuto, pretende assegurar às vítimas o ressarcimento do dinheiro, incluindo ações e honorários abusivos cobrados pelo advogado. “A ideia é agregar as vítimas e ganhar estrutura para fazer frente no caso” afirmou o idealizador Daisson Andade da Silva. Ele faz parte de um grupo de cinco pessoas lesadas no esquema.
Um dos advogados apoiadores da ação, Jabs Paim Bandeira declarou que a AVMD deve reunir subsídios e dar mais visibilidade para o caso. Bandeira recomendou que cada vítima procure um advogado de confiança. “A Associação vai dar amparo, divulgar uma listagem de advogados que podem ser indicados e representar as vítimas como assistente particular à acusação nos processos crimes movidos contra Dal Agnol” afirmou.

Outra apoiadora da Associação, a advogado Aline de Moura disse que, além dos valores das ações, as vítimas devem buscar indenização por danos morais. “Muitas pessoas perderam oportunidade de realizar projetos com o dinheiro das ações. Por isso é importante a indisponibilidade dos bens de Maurício Dal Agnol. Desde uma simples caneta dentro da casa dele, até o avião a jato apreendido pela polícia, foram comprados com dinheiro destas vítimas” afirmou.

Advogado já havia criado associação
Durante a coletiva, a advogada Aline de Moura revelou que o próprio Maurício Dal Agnol já havia criado uma entidade para defender as vítimas lesadas pela empresa de telefonia. Denominada de Jus Legal – Associação, Justiça e Legalidade, a iniciativa criada em setembro de 2008 foi mais uma maneira encontrada por ele para tirar dinheiro de seus clientes. “Ele cobrava automaticamente R$ 100 para a pessoa ser associada. O dinheiro já era descontado antecipadamente do valor a ser recebido pelo cliente. Uma cliente me procurou ainda em 2008 e revelou o caso. Dos R$ 100 mil que ela tinha direito, recebeu apenas R$ 8 mil.
As pessoas interessadas em buscar mais informações sobre a AVMD, podem entrar em contato através do telefone (054) 96807190 ou pela página da rede social. 

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