Moradores do bairro Nenê Graeff realizaram uma mobilização na tarde de ontem (11) em prol da enfermeira chefe do PSF do bairro que foi demitida pela Sociedade Cultural, Recreativa e Beneficente São João Bosco (Socrebe). A comunidade realizou um abaixo-assinado com cerca de 300 assinaturas para pedir o retorno da funcionária ao PSF. A enfermeira Jaqueline Bilibio, 39 anos, foi demitida na última sexta-feira.
A enfermeira disse que já tinha criado um laço profissional e de carinho com a comunidade do bairro. “A Secretaria de Saúde não tinha queixa de mim. Ajudei a lutar, juntamente com a associação de moradores, pelo novo ambulatório que está sendo construído. Nunca tive advertência. Tenho uma história e um vínculo com a comunidade”, disse a enfermeira demitida. O Secretário de Saúde, Luiz Artur Rosa Filho, informou que a Secretaria não tem nenhuma reclamação contra a enfermeira e também não solicitou a substituição dela. “Ela trabalha há sete anos e de fato não há queixa nenhuma. A decisão foi da contratante dela que é a Socrebe. A Prefeitura não tem poder nenhum sobre quem vai trabalhar ou não. Não passa pela Prefeitura”, explicou o secretário.
Lideranças comunitárias e moradores foram na tarde de sexta-feira até o gabinete do Prefeito Luciano Azevedo e pediram a intervenção da Prefeitura no caso. Os presidentes das associações de moradores do bairro Nenê Graeff, Júlio Mazzaro, e do bairro Dona Júlia, José Amauri Garcez de Andrade, argumentaram que os moradores são contra a demissão da enfermeira que sempre atendeu bem a comunidade. “A saúde é um serviço essencial e o controle tem que estar a cargo do município e não da empresa. A enfermeira não foi demitida por falta de competência, mas por questões pessoais”, argumentou o presidente do bairro Dona Júlia.
Os moradores também interviram a favor da enfermeira. “Desde que iniciou o PSF sempre fui bem atendida. Ela é maravilhosa e boa. Acho que está acontecendo uma injustiça”, defendeu a moradora Izedir Zoleti Vieira. O prefeito Luciano Azevedo atendeu os moradores e explicou que a enfermeira demitida não era funcionária da Prefeitura e não pode interferir. “A Prefeitura contrata a empresa e não o funcionário. Não podemos por lei interferir na contratação ou interceder pela funcionária”, esclareceu o prefeito. Os moradores disseram que tentarão agendar um horário com a Socrebe para tentar reverter a situação. A equipe de reportagem entrou em contato por telefone com a Socrebe, e a coordenação administrativa informou que neste momento não tem nada a declarar.
