O desabafo de um cidadão

Um morador do centro de Passo Fundo relata a perturbação de sossego vivida por ele e pela família no último final de semana

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Morador registrou a sujeira na rua General Neto após uma das noites do feriadãoMorador registrou a sujeira na rua General Neto após uma das noites do feriadão
Morador registrou a sujeira na rua General Neto após uma das noites do feriadão
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“Este final de semana, e inclusive agora quando lhe escrevo este e-mail, foi demasiadamente perturbador, ao ponto de precisarmos, eu e minha esposa, colocar protetor auricular para dormir”. Este é apenas um trecho do e-mail destinado ao Prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo, na última segunda-feira (21), após a família do morador não conseguir descansar devido à algazarra na rua General Neto. São cerca de 40 linhas de desabafo. Uma situação que não é novidade para ninguém e que já foi exposta inúmeras vezes nos últimos anos. O problema é que nada resolveu com efetividade a questão da perturbação do sossego público. Um projeto de Lei que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nas ruas está sendo elaborado e parece ser uma das últimas esperanças.

Um morador da rua General Neto, que prefere não ser identificado por questões de segurança, relata a situação de perturbação de sossego, insegurança e lixo na região central do município. O texto e as fotos destacam a quantidade excessiva de álcool ingerida pelos jovens em uma única noite. Além dos gritos e som alto dos veículos, muitos utilizam as fachadas de lojas e prédios como banheiro. A sujeira também é um dos problemas. “Faz seis anos que o problema vem se agravando.

A proibição de estacionamento amenizou um pouco, mas eles migraram para outros locais. Nas quintas sextas, sábados e domingos acontecem verdadeiros bailes em frente à Catedral. Quanto mais bebem mais aumentam o som e gritam”, relata o morador para o Jornal O Nacional.

O cidadão salienta que o grande problema é a falta de uma lei que proíba o consumo de bebidas alcoólicas nas ruas. “A Brigada Militar tem nos apoiado sempre que possível. Eu acho que liguei mais de 20 vezes neste feriado, tendo sido atendido em 80%, um bom número no meu ponto de vista, porém, eles não têm o que fazer, pois, não tem uma lei que proíba a bebida. Ao chegarem para coibir o som, este carro para ou vai embora, mas, em seguida vem outro e continua a balbúrdia”, salienta o morador.

Já a Guarda Municipal de Trânsito não atendeu aos chamados do morador. “Nossa guarda municipal está "escondida". Para se ter uma ideia, liguei no domingo à noite e segundo informações eles estavam em somente dois guardas. Pasmem, em uma cidade com quase 200 mil habitantes, dois guardas para cuidar do trânsito e de locais proibidos para estacionamento”, desabafou o cidadão no e-mail.

O morador, que reside há mais de oito anos na rua General Neto, afirma que a situação passou dos limites e quem está pagando são os moradores. Ele informou que decidiu encaminhar o e-mail ao prefeito, com cópia para vereadores, Brigada Militar e veículos de comunicação, porque já cansou de realizar abaixo-assinados e pedidos de providência ao poder público. “Senhor prefeito, estamos diante de uma tragédia anunciada, pois, nossa classe política, infelizmente assistencialista e com pouca vontade política, só vai mexer-se quando um desses malucos matarem alguém e desgraçarem uma família pelo resto de suas vidas. Suplico-lhe para que não deixe isto acontecer”, pede o cidadão.

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