OPINIÃO

Brincando com cubos

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Quem assistiu Indie Game: The Movie sabe, ou pelo menos teve uma noção de como é árduo o caminho entre iniciar o esboço de ideia até o push play da tela inicial. Os dois principais exemplos do documentário mostram seus criadores e o martírio para finalizar seus games. Um deles era Super Meat Boy, mas hoje iremos falar de Fez, jogo criado por Phil Fish que levou meia década para ficar pronto. Sua obra inacabada levou vários prêmios em festivais ao redor do mundo, fato que gerou uma expectativa tremenda, que por sua vez resultou na ansiedade do público pelo constante atraso. Pois bem, Fez saiu em abril de 2012 e pode-se dizer que cumpre com louvor o propósito de divertir.

A ideia do criador é bem explícita no gameplay: Fez é para desestressar. Ao morrer, não existem punições, o personagem simplesmente volta ao local onde estava. Não há limite de vidas, barras de life, upgrades em itens, nada disso existe. A simplicidade faz seu papel combinado com pulos e o visual extremamente-foda em pixel-art. Aliás, esse foi um dos principais motivos pelo atraso no lançamento, Fish mudou inúmeras vezes as artes, adicionando mais detalhes nas texturas dos cenários. Esse estilo dá o tom ao jogo e fecha de maneira quase poética com a essência de cubo e suas dimensões.

Quanto à parte da mecânica, Fez é relativamente simples. Retomando a essência, para entender o conceito basta pegar os lados de um cubo, você gira o cenário para esquerda ou direita, revelando novos caminhos, itens, personagens (nem que sejam decorativos) e passagens. Isso torna a exploração absurdamente divertida, acredite em mim, já que mesmo com toda simplicidade, são esses pequenos detalhes que levam Fez para o rol dos games favoritos. Mais um pequeno grande jogo obrigatório para a coleção.

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