Final de semana de teatro

Grupo Ritornelo apresentou, sábado e domingo, o novo espetáculo Faixa de Graça

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No domingo, a Praça do Hospital da Cidade recebeu o espetáculo Faixa de Graça, nova peça do Grupo RitorneloNo domingo, a Praça do Hospital da Cidade recebeu o espetáculo Faixa de Graça, nova peça do Grupo Ritornelo
No domingo, a Praça do Hospital da Cidade recebeu o espetáculo Faixa de Graça, nova peça do Grupo Ritornelo
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No sábado, o Bairro Zachia recebeu a visita de Canela e Eustáquio, dois palhaços. No domingo, a visita foi na Praça do Hospital da Cidade. Interpretados por Guto Pasini e Miraldi Junior, os palhaços fazem parte do novo espetáculo do Grupo Ritornelo: Faixa de Graça. Canela e Eustáquio decidem buscar uma nova terra e, entre desafios e conquistas, decidem fundar um novo país. Através do olhar ingênuo e transgressor do palhaço procuram uma nova realidade onde a alegria, a brincadeira e a felicidade são elementos fundamentais na construção do novo território que passam a chamar de lar. Faixa de Graça estreou no final de semana e a intenção é que seja apresentado nos bairros de Passo Fundo.

 

O novo trabalho que passeará pelas ruas da cidade é resultado de uma parceria entre o Ritornelo e o Off-Sina de Circo Teatro de Rua, do Rio de Janeiro. Juntos, os grupos mesclaram suas características e a peça aborda, através da linguagem do palhaço brasileiro, questões de cidadania e brasilidade. Seja pela escolha de palhaços essencialmente brasileiros ou pela escolha de voltar as ruas, o espetáculo é um novo desafio para o grupo. A trajetória do Ritornelo é marcada pelo teatro de rua: formado a partir de remanescentes do ônibus-palco Viramundos, o grupo parece se sentir a vontade quando está rodeado por pessoas e pela intimidade de um teatro sem palco.

 

Guto e Miraldi trabalham juntos há mais de dez anos e, em Faixa de Graça, parece que o desejo dos dois tomou o mesmo caminho: “Depois de tantos anos conversando sobre o desejo de fazer palhaço, finalmente conseguimos colocar em prática este projeto, de uma forma como sempre imaginávamos”, destaca Miraldi. Os dois imaginavam poder interagir com o público e ter uma resposta ali, entre as praças, os salões paroquiais ou os espaços que cada bairro disponibiliza. “A gente tem uma história com a rua muito intensa desde nossa trajetória com o Viramundos. Quando a gente se afasta um tempo de vivenciar o teatro de rua dá vazio, como se meu (nosso) fazer artístico estivesse incompleto, com aquela sensação de que tá faltando alguma coisa”, comenta Guto.

 

Para voltar à rua, no entanto, algumas coisas mudaram: da tecnologia a forma de chegar no público e isso provou não ser um problema para quem preparou o chimarrão e a cadeira e, tanto no Zacchia, quanto na Praça, participou do espetáculo. A intenção, agora, é que a peça gire a cidade e percorra os bairros mostrando a essência da comicidade brasileira.

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