Jardim zoológico
A dificuldade de manter o zoológico da UPF parece que impõe desafio a toda comunidade regional. Como se sabe, as exigências legais dos órgãos de controle ambiental obrigam ao cumprimento de estrutura especial para a manutenção de animais de espécies em extinção ou exóticos. Somam-se as novas necessidades de espaço para a área de reserva, que até bem pouco parecia não ser problema, mas o crescimento da universidade deu-se em alta velocidade. São exigências que fazem parte de termos de ajuste com o Ministério Público, todavia de difícil atendimento.
Valor educacional
Indiscutível o valor educacional, para todas as idades, mas especialmente para a etapa da fantasia, na infância e adolescência, idade em que o conhecimento de nossa fauna é algo muito emocionante. Coloca-se aqui a o dilema que surge para Passo Fundo e região se, após anos e anos de luta para a conquista do Jardim Zoológico, tenhamos que presenciar uma redução da qualidade cultural para a o povo. Quem não levou o filho algum dia para ver os bichos de nosso zoológico. Além disso a curiosidade é universal e significa expressiva bandeira turística para a cidade. Por isso, é hora de pessoas do povo, lideranças de todos os segmentos, prefeito e vereadores, mostrarem preocupação com iminente redução de um dos mais preciosos patrimônios de nossa terra.
Reitor
Apresentamos nossos cumprimentos ao reitor José Carlos Carles de Souza que é reconduzido ao comando da UPF juntamente com os respectivos vice-reitores. O Dr. José Carlos, que conheci na sua gestão quando presidiu a Subseção da OAB é uma jovem liderança que além da competência devota à causa comunitária toda a seriedade. E este fator também é muito importante em tempos de descrença. Parabéns a todos. E aproveito para rogar aos dirigentes da UPF que ajudem a comunidade conseguindo recursos para manter o zoológico. Parece que ainda há tempo para satisfazer as exigências dos órgãos ambientais e evitar que parte da alegria de muitas pessoas seja anulada.
Retoques:
* Antes de mais nada é preciso corrigir erro que imprimi na coluna da semana passada. A palavra vizinho é com “Z” e não como havíamos escrito.
* A corrida partidária no ano eleitoral que viveremos após a Copa vai revelar surpresas, pelos novos líderes que surgem. Poder renovar é uma virtude da democracia.
* A revisão que é procedida em relação ao texto legal do Código Civil Brasileiro vai corrigir erro em relação ao tratamento do denominado pátrio poder. Chamar-se-á poder familiar, num entendimento mais respeitoso e adequado para a relação de gênero. Quer dizer que pai e mãe são igualmente responsáveis pelo bem estar dos filhos menores.
* O direito em igual proporção em relação aos filhos só será alterado se houver castigo exagerado ao menor, abandono, ou conduta desonrosa.
* O aniversário do Dr. Carlos Dantas, na semana passada, não foi apenas uma data fixada num calendário glacial. A comemoração (o seu primeiro dia) teve churrasco e som primoroso com o cavaquinho do Rodrigo, com dois garotos verdadeiros artistas da percussão.
* É preciso falar da obra literária de autoria do passofundense Roberto Schaan Ferreira – Por que os Ponchos são Negros. Sua história, cheia de ânsias de liberdade retrata emoções que todos sentimos algum dia, mas nunca nos quedamos a expressar. Seu romance nos diz muito da importância das palavras na relação com os sentimentos.
* Falando em escritor, a cada dia mais me impressiona a facilidade com que Gilberto Cunha elabora a comunicação de constatações de sua vivência científica. Para não citar sua seara quase exclusiva, apreciei muito a explicação sobre o papel da filosofia e o discernimento em relação às descobertas científicas laboratoriais em desenvolvimento. Entendi, por exemplo, o que motivou meu filho a levar meus livros de filosofia para melhorar suas teses do doutorado sobre Análise e Qualidade Química. Estar diante do texto do douto Gilberto Cunha é viver um privilégio de elucidação e comunicação.