Inicia-se a campanha de vacinação 2014 e novamente percebe-se a pouca adesão à imunização. Os temores infundados de notícias falaciosas de riscos da vacina nutrem os mais desavisados.
Felizmente, temos a nosso dispor vacinas disponíveis para aproximadamente 25% da população brasileira, ou seja, 49,6 milhões de pessoas no grupo prioritário. Isso num contingente do tamanho da nossa pátria, com aproximadamente 200 milhões de habitantes, é realmente algo importante, de grande impacto em termos de saúde pública.
Apesar de defender a idéia de que todos deveriam fazê-la, porém, sabe-se dos custos e dificuldades de fabricação, então pelos menos os grupos prioritários preconizados deveriam aderir de forma maciça.
Se recordarmos 2009 quando não tínhamos vacinas e tampouco o antiviral, poderemos perceber que hoje a situação é muito mais cômoda, porém não se pode negligenciar os riscos: a vacina é efetiva e as vacinas já evitaram milhões de mortes desde sua descoberta, em 1796, pelo romântico e competente, Dr. Edward Jenner. Reza a lenda, que na ocasião da epidemia da varíola, teria achado muito formoso o rosto de uma camponesa que trabalhava retirando leite de uma vaca, proferindo-lhe as seguintes palavras: "- Ainda bem que a terrível varíola poupou esse lindo rosto das suas severas marcas." Ela encabulando-se e com o rosto ruborizado teria respondido: "- Meu senhor eu passei a varíola bovina e por isso estou protegida". Ele, perspicaz, teve a ideia de pegar a secreção emanada das lesões do ubre das vacas com varíola bovina e passar numa criança, filho do seu jardineiro, que desenvolveu uma forma branda da doença. Descoberta a vacina, com o nome provindo de vacca em latim.
Faz-se importante ainda lembrar que a pessoa vacinada, além da própria proteção, caso adquira o vírus tem uma resolução mais rápida de seu quadro e portanto fica menos dias transmitindo o vírus por aí, portanto serve como ato de cidadania para proteger os demais.
A vacinação para Influenza nesse ano tem uma proteção tríplice: contra Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. O impacto da vacinação é redução de até 45% em internação e de 75% de óbito por pneumonia decorrente da gripe.
Vamos lá então população, lembrem dos grupos prioritários:
* crianças de seis meses a menores de cinco anos;
* pessoas com 60 anos ou mais;
* trabalhadores de saúde;
* povos indígenas;
* gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto);
* população privada de liberdade;
* funcionários do sistema prisional e pessoas portadoras de doenças crônicas não-transmissíveis ou com outras condições clínicas especiais.