Battistella rechaça informação de superfaturamento

Diretor presidente da Bsbios afirma que empresa está tranquila e segura da legalidade das operações com a Petrobrás

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O diretor presidente da Bsbios de Passo Fundo, Erasmo Battistella, rechaçou ontem a informação de que houve superfaturamento nas tratativas com a Petrobrás Biocombustível, que resultaram na associação das duas empresas as usinas de Marialva (PR) e Passo Fundo (RS), envolvendo R$ 200 milhões. Ele afirmou que a empresa está tranquila e segura da legalidade das operações. A manifestação feita pessoalmente durante visita ao Jornal O Nacional, veio em resposta a abertura de auditoria por parte do Tribunal de Contas da União para analisar os contratos da Petrobrás com a Bsbios. O pedido de auditoria foi feito pelo deputado federal Luiz Carlos Heinze, PP, através da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. “Não houve operação de compra e venda de usinas ou ativos. A Petrobrás Biocombustível não comprou parte de fábricas e a Bsbios não vendeu ativo algum”, disse Battistella. Também explicou que não há qualquer auditoria dentro da Bsbios e que todas as operações seguem seu curso normalmente, com prospecção de novos e bons negócios para o futuro. A auditoria quando iniciada será feita na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. “É bom esclarecer que a Bsbios não está respondendo nada, nem o TCU está aqui fazendo auditoria. O que ocorre é que o TCU tem como função analisar não só negócios, mas analisar as contas das empresas públicas. A Petrobras é uma empresa que tem capital aberto e participação relevante e majoritária do governo brasileiro, então está sujeita a aprovação de suas contas e negócios pelo Tribunal. Neste momento, de fato, o TCU fará uma auditoria dentro da Petrobrás, olhando a ótica, se o negócio foi ou não foi bom”, completou.

Segundo ele, a Petrobrás aportou recursos para se associar a uma empresa com solidez, reconhecida no mercado e com perspectivas de crescimento. Pelo acordo de investimento de 2009 para a unidade de Marialva, todos os riscos financeiros, de investimentos e de viabilização operacional (continuidade de obra parada em 40%, licença ambiental, registro de selo combustível social foram de responsabilidade da Bsbios até o início da sua produção. O ingresso da Petrobrás na sociedade se deu em 2010. A companhia ainda investiu na aquisição de insumos e matéria prima, contratação e treinamento de pessoal, alocação de tecnologia e know-how de produção.

Battistella reforça ainda que a associação na unidade de Passo Fundo também levou em consideração rigorosas normas técnicas e econômicas. A planta apresenta diferenciais importantes como o fato de ser nova, verticalizada, ter ramal ferroviário, processa soja e produz todo o óleo de consome. Nas duas unidades, a Bsbios emprega mais de 500 pessoas e beneficia 15 mil agricultores familiares com a compra de matéria prima para o processamento de 343,6 milhões de litros de biodiesel por ano. “A usina de Marialva só recebeu o ingresso da Petrobrás no início da produção, enquanto a de Passo Fundo estava em plena operação quando da celebração da sociedade”, completou. Battistella lembra que operações deste tipo levam em conta a qualidade dos ativos, a capacidade de produção, a receita prevista e a projetada para um período futuro de 15 anos, com base no seu fluxo de caixa.

 

 

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