O não pagamento do Bolsa Copa, uma ajuda de custo no valor de R$ 500 durante o período de seis meses para policiais que realizaram cursos específicos para trabalhar no mundial é uma das insatisfações dos selecionados. A afirmação foi feita ontem, por Leonel Lucas Lima, presidente da Associação Beneficente Antônio Mendes Filhos (Abamf) da Brigada Militar. Segundo ele, os policiais também estão preocupados com as acomodações durante o evento em Porto Alegre. “Serão alojados em locais sem estrutura como Hospital da Brigada, Academia de Polícia, e sede do Batalhão de Operações Especiais (BOE). Não há banheiros, refeitórios e nem dormitórios suficientes para acomodar o pessoal” afirma.
O presidente da entidade também questiona a carga horária que cada PM cumprirá durante a Copa e os riscos que a redução do efetivo vai provocar nas cidades do interior a partir do deslocamentos para Porto Alegre. Lucas não descarta a possibilidade de novos protestos da categoria, inclusive uma greve.
Na semana passada, pneus foram incendiados na BR 285, saída de Passo Fundo para Lagoa Vermelha. Quatro faixas foram deixadas no local. No mesmo dia, um boneco imitando a farda de brigadiano foi pendurado no viaduto da avenida Brasil, bairro Petrópolis. Na próxima semana, Lucas participa de uma reunião em Brasília com representantes das entidades de segurança. “Vamos levar nossas preocupações e ver o que será deliberado neste encontro” diz Lucas.