A 21 dias do início da Copa do Mundo no Brasil, o comércio já se prepara para o evento. Com o objetivo de satisfazer o público, muitas lojas entraram no clima e o verde e amarelo está, aos poucos, tomando conta das vitrines. Para os empresários, o momento é de preocupação com a decoração e as promoções que atraem os consumidores. O tema está em alta nas lojas de roupas, acessórios, eletrodomésticos, livrarias e artigos esportivos, que para chamar a atenção dos clientes, apostam em diferentes estratégias. Nas Lojas Cátia, conforme a gerente Beloni Migliorini, até mesmo os funcionários já estão caracterizados com a temática. “Não só estamos nos preparando como já estamos preparados para a Copa, principalmente com artigos para uso, como fantasias, e também artigos decorativos”. Para ela, é preciso aproveitar o evento para atrair os clientes. “A Copa se torna um adicional nas vendas, por mais que Passo Fundo não seja sede, somos todos brasileiros e queremos torcer pelo país”.
Mas será que as vendas – motivo de toda preparação – realmente subiram? Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Logistas – CDL, de Passo Fundo, Agadir Stramari, as expectativas em relação ao mundial não são grandes, tendo em vista que Passo Fundo não é sede de jogos. “Nossa cidade não é uma cidade turística e acredito que o movimento no comércio durante a Copa não deve aumentar, pelo contrário, com o ponto facultativo em muitas empresas e instituições, o movimento deve até mesmo diminuir, prejudicando o lojista”. Para ele, alguns produtos, como televisores, estão sendo mais procurados, mas por ser um produto específico, não influencia no comércio em geral. Porém, os lojistas ainda apostam na procura e acreditam que o público vai adquirir os produtos de última hora. É o que pensa a gerente da loja Dalzotto, Roseli Scariotti: “As vendas cresceram, mas não em um volume significativo. Porém, acredito que as vendas serão impulsionadas no momento em que a Copa iniciar e o Brasil começar a se destacar na competição”. A presidente do Sincomércio, Sueli Marini, acredita que o foco do comércio será mesmo o inverno e que a Copa do Mundo não deve influenciar nas vendas.