OPINIÃO

Obsessão Infinita

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Passei alguns dias em São Paulo, e posso dizer que foram dias que alimentaram minha alma. A cidade que pulsa cultura, e que me faz tão bem, recebe até julho a exposição imperdível da japonesa Yayoi Kusama, que tive a oportunidade de visitar. A experiência foi daquele tipo de coisa que tenho vontade de gritar para o mundo, para que quem tiver a chance, não deixe de vivenciar.

Yayoi Kusama é a mais celebrada artista viva no Japão. A partir daí, já dá para se ter uma noção do nível de sensações que sua arte causa nas pessoas. A exposição mostra toda a trajetória da artista que nasceu em 1929; que em 1940 começou suas obras abstratas; em 1957 mudou-se para Nova York, onde trabalhou com artistas como Andy Warhol; que em 1973 retornou ao Japão; que vive por vontade própria em uma clinica psiquiátrica desde 1977 até hoje, e que ainda produz obras incríveis.

A exposição intitulada Obsessão Infinita mostra diferentes fases da artista e suas obsessões naquele momento de sua vida. A obsessão por traços, por objetos, por comida, por falos e, por fim, pelas bolinhas, que a deixaram mundialmente reconhecida. Com esculturas, telas, papel, fotos, vídeos, slides e instalações, a obra de Yayoi Kusama te transporta para o universo peculiar e, algumas vezes, perturbador da artista de vanguarda, que atuou também como designer de moda, além de empresária e empreendedora.

Se não foi a melhor, foi uma das melhores experiências com arte da minha vida. Entrei no mundo da artista. Pude sentir, em quadros que pareciam falar, sua mente nada convencional. Suas obsessões e perturbações, que ao passar para um papel ou tela, viraram arte, com a simples função de nos tocar.

Se você tem SP na agenda até dia 27 de julho, não deixa de ir!

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