Após reunião realizada na manhã de ontem, no gabinete do prefeito Luciano Azevedo, o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano de Passo Fundo (Sindiurb), decidiu suspender a paralisação da categoria marcada para esta quarta-feira. Insatisfeitos com a retirada dos temporizadores dos semáforos na área central da cidade, eles pedem que o sistema volte a funcionar.
Baseado nos relatos dos motoristas das três empresas que operam no transporte municipal (Transpasso, Coleurb e Codepas), o presidente do sindicato, Miguel Valdir dos Santos Silva, afirma que o número de acidentes e de infrações aumentou desde que o sistema foi desativado, no mês de março. “O condutor perdeu a referência de tempo. Muitas vezes é obrigado a frear bruscamente, provocando a queda de passageiros. Isto causa muita insegurança no trânsito” afirma.
De acordo com Silva, um novo encontro ficou agendado para o dia 1º de julho. Na oportunidade, as três empresas devem apresentar estatísticas referentes ao número de acidentes e infrações. A intenção é saber se estes números realmente tiveram um aumento após a mudança.
Incompatíveis
O secretário municipal de Segurança Pública, João Darci Gonçalves da Silva, explica que o equipamento foi desativado no mês de março para agilizar o fluxo de veículos, principalmente na Avenida Brasil e Coronel Chicuta. Segundo ele, existe uma incompatibilidade de sistemas entre os semáforos e temporizadores. “São duas marcas diferentes, não conversam entre si. Para podermos sincronizar as sinaleiras da Brasil, a opção foi desligar o marcador de tempo” afirma. Segundo ele, a prefeitura já comunicou as empresas para uma tentativa de adaptação, caso contrário, a alternativa será aquisição de um novo equipamento.
O secretário destaca que o uso de temporizador não é obrigatório e rebate a afirmação de que as multas aumentaram depois que eles foram desligados. “Nossa estatísticas nos meses de março e abril apontam uma redução de 18% das infrações. Fora isso, o fluxo na Brasil melhorou consideravelmente. Se voltarmos ao sistema antigo perdemos esta sincronia” afirma. Gonçalves explica que esta sincronia entre os semáforos acontece em um dos sentidos da avenida, dependendo da necessidade.
Quanto às infrações comprovadamente provocadas por problemas técnicos no semáforo, o secretário garante que elas serão desconsideradas.